Onde eles morreram, no entanto, foi um golpe de sorte para os paleontólogos do século 21. Seus restos fossilizados foram descobertos no Messel Pit, uma antiga mina de carvão e xisto betuminoso, perto de Frankfurt, na Alemanha, que é famosa por seus fósseis requintadamente preservados.
A égua e seu feto agora estão dando aos cientistas uma visão sem precedentes sobre a anatomia e reprodução desta espécie de cavalo, Eurohippus messelensis. Como outros antecessores dos cavalos de hoje, a égua é pequena, do tamanho de um cachorro da raça fox terrier.
Entre as descobertas, está a placenta do animal. Este órgão não foi fossilizado diretamente, mas é visível como uma sombra escura deixada por bactérias que consumiram o tecido e, em seguida, foram fossilizadas. É apenas o segundo exemplo de um fóssil onde a placenta foi identificada, diz Jens Franzen, paleontólogo do Instituto de Pesquisa Senckenberg e Museu de História Natural de Frankfurt.
O
depósito de calcário no município de Itaboraí foi explorado de 1933 a
1984 pela Companhia Nacional de Cimento Portland Mauá, quando
descobriram vários fósseis. Destaca-se um crânio encontrado articulado
com a mandíbula (foto) e algumas vértebras do pescoço.
Trata-se de um
dos melhores exemplares de crocodilomorfos encontrado em rochas do
Paleoceno em todo mundo, não apenas no Brasil. Esse material permaneceu
por muito tempo sem ter sido preparado nas coleções do Museu de Ciências
da Terra/CPRM Leia mais Julio Cesar Guimaraes/UOL
Sob um microscópio eletrônico de varredura, os cientistas viram a estrutura celular do cólon e da planta que pode ser uma das refeições finais da égua.
A posição do potro sugere que ele não estava na posição para nascer, mas estava perto de amadurecer, e sugere que os cavalos antigos davam à luz de uma forma semelhante à de seus primos modernos. Embora o crânio do feto tenha sido esmagado, suas costelas e pernas são claramente visíveis.


