Sequestrado na Síria, piloto jordaniano teria sido queimado vivo.
Imagens do que seria o refém dentro de uma grade circulam pela web.
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Imagem compartilhada no perfil do grupo que monitora terrorismo SITE mostra o piloto jordaniano (Foto: Reprodução/Twitter @Rita_Katz) |
O Exército da Jordânia divulgou nesta terça-feira (3) um comunicado em
que afirma que a morte do piloto jordaniano Muath al-Kasaesbeh, morto
pelo grupo Estado Islâmico será vingada. Mais cedo, o grupo jihadista
afirmou ter queimado vivo o piloto, refém dos militantes jihadistas
desde dezembro. O governo da Jordânia confirmou a morte do refém e disse
que ela teria ocorrido há um mês, no dia 3 de janeiro, segundo
veiculado pela TV estatal.
"A vingança será tão grande quanto a calamidade que atingiu a Jordânia", afirmou o porta-voz do Exército Mamdouh al Ameri no comunicado. Em outro momento, o porta-voz disse que a resposta será "forte e decisiva".

Além disso, uma fonte de segurança do governo disse à agência France
Presse que a Jordânia vai executar a jihadista iraquiana que está presa
no país e cuja soltura chegou a ser negociada em troca da libertação de
al-Kasaesbeh. "A pena de morte contra a iraquiana Sajida al Rishawi será
executada amanhã", indicou a fonte à AFP. No entanto, para a Reuters
foi dito que a execução poderia ocorrer "em horas".
Com 44 anos, Sajida al-Rishawi está detida em uma prisão jordaniana
desde a sua condenação à morte, em setembro de 2006, por atos
terroristas que remontam a 9 de novembro de 2005.
Imagens do que seria um vídeo divulgado pelo EI, com o refém dentro de uma grade e um rastro de fogo, circulam pela web. A autenticidade do vídeo não foi confirmada.
Após a divulgação do vídeo, o rei Abdullah II interrompeu sua visita aos Estados Unidos e está voltando para a Jordânia. Na TV estatal, o rei disse que a morte do piloto é um ato de "terror covarde" de um grupo sem nenhuma relação com o Islã.
Imagens do que seria um vídeo divulgado pelo EI, com o refém dentro de uma grade e um rastro de fogo, circulam pela web. A autenticidade do vídeo não foi confirmada.
Após a divulgação do vídeo, o rei Abdullah II interrompeu sua visita aos Estados Unidos e está voltando para a Jordânia. Na TV estatal, o rei disse que a morte do piloto é um ato de "terror covarde" de um grupo sem nenhuma relação com o Islã.
Familiares do piloto disseram à Reuters que foram informados de sua morte pelo chefe das forças armadas da Jordânia.
EUA condenam
A Casa Branca disse estar ciente do vídeo, e que os serviços de inteligência trabalham para verificar sua autenticidade. O governo dos EUA condena as ações do grupo radical e se solidarizou com a família do piloto, afirmou.
EUA condenam
A Casa Branca disse estar ciente do vídeo, e que os serviços de inteligência trabalham para verificar sua autenticidade. O governo dos EUA condena as ações do grupo radical e se solidarizou com a família do piloto, afirmou.

Mãe do piloto sequestrado pelo Estado Islâmico
exibe fotos do filho durante manifestação em
frente à casa do primeiro-ministro em Amã
(Foto: Muhammad Hamed/Reuters)
exibe fotos do filho durante manifestação em
frente à casa do primeiro-ministro em Amã
(Foto: Muhammad Hamed/Reuters)
Muath al-Kasaesbeh foi capturado pelos militantes radicais na Síria,
após a queda de seu avião durante uma operação da coalizão internacional
no leste do país em dezembro. A coalizão, que é liderada pelos Estados
Unidos, bombardeia alvos do grupo na Síria e no Iraque.
O presidente norte-americano Barack Obama afirmou que, se o vídeo for verdadeiro, trata-se de mais uma indicação da crueldade e barbárie do grupo e que a determinação da coalizão internacional de "destruir" o EI será redobrada. Segundo a Casa Branca, Obama pediu que equipes de inteligência dediquem todas suas fontes para localizar reféns mantidos pelos militantes do grupo jihadista.
Obama ainda disse que o piloto al-Kasaesbeh estava "na vanguarda do esforço para degradar e destruir a ameaça" do EI.
O presidente norte-americano Barack Obama afirmou que, se o vídeo for verdadeiro, trata-se de mais uma indicação da crueldade e barbárie do grupo e que a determinação da coalizão internacional de "destruir" o EI será redobrada. Segundo a Casa Branca, Obama pediu que equipes de inteligência dediquem todas suas fontes para localizar reféns mantidos pelos militantes do grupo jihadista.
Obama ainda disse que o piloto al-Kasaesbeh estava "na vanguarda do esforço para degradar e destruir a ameaça" do EI.

Cena do vídeo divulgado pelo Estado Islâmico
com a execução do jornalista Kenji Goto
(Foto: Reprodução/Youtube)
com a execução do jornalista Kenji Goto
(Foto: Reprodução/Youtube)
Entenda o caso
No final de janeiro, o EI divulgou um vídeo em que ameaçava executar o piloto se Amã não libertasse uma jihadista presa e condenada à morte. No mesmo vídeo o grupo ameaçou executar outro refém, o jornalista japonês Kenji Goto, que acabou sendo decapitado no último final de semana. O vídeo, postado em sites jihadistas, mostrava uma foto de Goto segurando a foto de al-Kasaesbeh, com a suposta voz de Goto formulando a ameaça.
No final de janeiro, o EI divulgou um vídeo em que ameaçava executar o piloto se Amã não libertasse uma jihadista presa e condenada à morte. No mesmo vídeo o grupo ameaçou executar outro refém, o jornalista japonês Kenji Goto, que acabou sendo decapitado no último final de semana. O vídeo, postado em sites jihadistas, mostrava uma foto de Goto segurando a foto de al-Kasaesbeh, com a suposta voz de Goto formulando a ameaça.
Na última quarta-feira (28), o governo da Jordânia disse que o país
estava pronto para entregar a iraquiana Sajida al-Rishawi, presa por
tentar realizar um ataque suicida, em troca da libertação de um piloto.
Dias depois, pediu uma prova de que o piloto estava vivo.
Fonte: G1