Beira-Mar é condenado a mais 120 anos de prisão
Fernandinho
é acusado pela morte de quatro presos de uma facção criminosa rival,
durante rebelião no presídio Bangu 1, no Complexo de Gericinó, em 2002.
No entanto, ele negou ter matado as pessoas e foi advertido várias vezes
pelo juiz por rir enquanto falava.
Por volta de 1h30 desta
quinta-feira, o magistrado leu a sentença: o traficante foi condenado a
mais 120 anos de prisão - 30 por cada um dos quatro mortos.
Maurício
Neville, advogado de Beira-Mar, informou que vai recorrer da decisão
para conseguir um novo julgamento para o seu cliente. Beira-Mar voltou
ainda na madrugada desta quinta-feira para o presídio federal de Porto
Velho, em Rondônia.
Durante
o seu depoimento, outra queixa do juiz Fábio Uchôa foi o fato de o réu
se estender muito durante a sua explanação. "Deixa que a sua defesa o
seu advogado vai fazer", disse Uchôa. O réu disse que estava nervoso,
por isso estava rindo todo o tempo.
Das
seis testemunhas chamadas, duas pela defesa de Beira-Mar e quatro pelo
Ministério Público estadual, só uma compareceu, o traficante Celso Luís
Rodrigues, conhecido como Celsinho da Vila Vintém. Com isso, as outras
testemunhas foram dispensadas.
Apesar de, na época, pertencer a uma
facção rival de Beira-Mar, e estar no local do crime, Celsinho foi
poupado, informou o Extra. Em seu depoimento, ele se defendeu das
acusações de ter traído sua facção: “Eu não traí companheiro nenhum meu,
estou carregando esta peste", afirmou.
Beira-Mar
foi ouvido depois de Celsinho e, levou com ele um papel, em que fez
várias anotações durante o depoimento da testemunha. Quando depôs, disse
que usou o papel para fazer algumas observações sobre contradições
contra ele próprio.
Outros traficantes também respondem pelo caso, mas o
processo foi desmembrado. A rebelião ocorreu no presídio Laércio da
Costa Pelegrino, conhecido como Bangu 1, no dia 11 de setembro de 2002.
Na ocasião, de acordo com acusação do MP, um grupo de presos, comandados
por Fernandinho Beira-Mar, invadiram a galeria onde estavam os rivais e
iniciaram a guerra e os assassinatos. Além de Uê, foram mortos Carlos
Alberto da Costa, o Robertinho do Adeus, Wanderlei Soares, o Orelha e
Elpídio Rodrigues Sabino, Pidi.
Fonte: msn
