O Ceará já contabiliza 80 casos de microcefalia em
2015. Do total, 79 são investigados para saber se há relação com o vírus
zika e apenas um foi confirmado até agora, que resultou no óbito de uma
criança em Tejuçuoca, na Região Norte.
O dado é do boletim de epidemiologia, divulgado nesta sexta-feira (11) pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), que aponta que as notificações foram registradas em 30 municípios cearenses. O último boletim, do dia 4 de dezembro, mostrava 41 casos da doença.
Dentre os casos registrados, 98,8% (79/80) estão em investigação e um
foi confirmado (óbito). 91,2% (73/80) dos casos de microcefalia
relacionada ao vírus zika notificados foram em recém-nascidos e 8,8%
(7/80) intra-uterina.
Dos 79 casos de microcefalia suspeitos de estarem relacionados ao zika, 31 estão sendo investigados em Fortaleza,
5 em Barbalha e Maracanaú; 3 em Mucambo, Cruz, Juazeiro do Norte; 2 em
Aquiraz, Banabuiú, Caucaia, Eusébio, Itapajé; 1 em Barreira, Bela Cruz,
Canindé, Capistrano, Crato, Horizonte, Ipaumirim, Ipú, Itaitinga,
Jardim, Jijoca de Jericoacoara, Lavras da Mangabeira, Mauriti, Missão
Velha, Poranga, Quixeré, Santana do Acaraú, São Gonçalo do Amarante e
Tejuçuoca.
Em relação ao País, o dado mais recente é
referente ao dia 5 de dezembro, época em que se somavam 1.761 casos
suspeitos de microcefalia relacionada ao vírus zika em 14 estados. São
eles: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Alagoas, Bahia,
Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte,
Sergipe, Tocantins e Rio de Janeiro.
Entre o total de casos, foram notificados 19 óbitos nos estados da Bahia, Ceará, Maranhão, Paraiba, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Sergipe.
Repelente usado na prevenção
Quando se trata de prevenção individual, o uso do repelente
é apontado como alternativa para evitar a picada do mosquito, o Aedes
aegypti . Outros produtos, como filtros solares, maquiagens e
hidratantes, devem ser aplicados antes do repelente, que também não deve
ser borrifado próximo a nariz, olhos e boca. O protetor contra insetos
também deve ser colocado apenas em locais expostos ao ambiente e por
cima das roupas.
Outros causadores da microcefalia incluem infecções por outros agentes,
como os da rubéola, neurotoxoplasmose e o citomegalovírus. Há ainda
relação com o consumo de drogas, como álcool e cocaína. Além disso,
exposição à radiação durante a gravidez e alterações genéticas também
aparecem como facilitadores da macrocefalia.
Novo parâmetro
O Ministério da Saúde passou a adotar, em consonância com as
secretarias estaduais e municipais de Saúde, desde o último dia 7, a
medida padrão da Organização Mundial de Saúde (OMS),
que é de 32 cm, para a triagem de bebês suspeitos de microcefalia. Até
então, a medida utilizada pelo Ministério era de 33 cm. A iniciativa
teve como objetivo incluir um número maior de bebês na investigação,
visando uma melhor compreensão da situação.
Fonte: Diário do Nordeste