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Aquífero é próprio para consumo e pode abastecer Crateús por três anos

O aquífero subterrâneo encontrado em Crateús, distante 354 km de Fortaleza, passou pelos primeiros testes e tem teor de sais adequados para o consumo humano.

Os cálculos quanto à capacidade do reservatório ainda não foram feitos, mas a estimativa desde a descoberta é de 20 milhões de metros cúbicos — equivalente a um milhão de carros-pipa (com capacidade de 20 mil litros) ou a oito mil piscinas olímpicas (2,5 milhões de litros de água).

“O aquífero tem capacidade, em caso de desabastecimento em Crateús, para atender por dois ou três anos”, afirma João Lúcio Farias, presidente da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh).

Quatro poços profundos já foram instalados na região do aquífero e somam uma produção de mais de 37 metros cúbicos por hora. A água captada, porém, ainda não é usada para distribuição e consumo. Segundo Farias, ainda são feitos somente estudos geofísicos no local, para avaliar o potencial do reservatório.

Segundo a Secretaria de Recursos Hídricos (SRH), o aquífero será usado em situações emergenciais de desabastecimento, já que as chuvas no início do ano na região garantem o fornecimento de água para o município até março de 2017.

Crateús é abastecido pela barragem do Batalhão e complementada pela Adutora de Montagem Rápida (AMR) do açude Araras.

Abastecimento

Conforme a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) informou, 25 dos 182 municípios encontram-se em regime de contingência. Nas regiões dos Inhamuns e Sertão Central, os municípios de Campos Sales, Crateús e Monsenhor Tabosa estão em racionamento para a preservação dos mananciais. 

De acordo com o balanço de precipitações pluviométricas da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), as chuvas desde o início do ano estão cerca de 20% abaixo da média histórica no Sertão Central e Inhamus. Mesmo assim, foram suficientes para dar fôlego ao semiárido. O meteorologista da Funceme, Raul Fritz, avalia as precipitações como uma “recarga razoável” aos mananciais.

 

Fonte: O Povo