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Polícia investiga novos casos de estupro dentro de escola em Itapajé, após primeira denúncia de uma criança

Escola Patronato São José, Itapajé-CE; por meio de nota, a direção da instituição diz apoiar a vítima e seus familiares, além de apurar sobre o caso internamente, e contribuindo com as investigações policiais (Foto: Evelyn Ferreira).
Itapajé- Seguem presos, na Cadeia Pública de Itapajé, na região Norte do Estado, os dois zeladores acusados de violentar sexualmente um menino de seis anos, dentro da escola onde a criança estuda. O caso chamou a atenção de pais e moradores de Itapajé, quando os dois acusados foram presos, nessa terça (5) e quarta-feira (6), suspeitos do crime. De acordo com as investigações da Polícia Civil, o menino foi vítima por quatro vezes: no início de uma aula, na hora do recreio e mais uma vez, no fim da aula. O crime foi descoberto no dia 29 de maio, quando a vítima, ao chegar da escola, reclamou à mãe que sentia fortes dores, omitindo o que havia ocorrido com ele.

Conselho Tutelar
Preocupada, a mãe passou a sentir uma repentina mudança de comportamento do filho, e o questionou com cuidado, mostrando a ele que poderia confiar nela e contar o que ocorria. “Ele me abraçou nesse momento e começou a chorar. Eu disse que ele não precisava voltar pra escolar se fosse o caso, aí ele começou a me relatar o que aconteceu, que o tio do colégio tinha feito uma coisa errada com ele”, relata a mãe, que acionou o Conselho Tutelar de Itapajé. Lá, a vítima foi ouvida e a mãe. Segundo Nalygia Bastos, conselheira tutelar que atendeu a ocorrência, “o B.O. foi feito na delegacia, e lá, tivemos o conhecimento que um dos acusados já tinha passagem por um crime de natureza sexual, ao mostrar sua genitália em público. Ao ouvir a direção, soubemos que esse fato era de  conhecimento deles. Queremos saber quais os critérios usados para a contratação de funcionários, ainda mais, com o perfil de um possível abusador. Em um segundo momento deveremos conversar com a direção e o Conselho de Pais da escola”, disse a conselheira.

Apoio
De acordo com o advogado Jarbas Alves, contratado pela família da criança, que estuda na Escola Patronato São José, de Educação Infantil e Ensinos Fundamental e Médio, “aguardamos agora que a Polícia inicie o inquérito,  e  que seja encaminhado à Justiça. Pretendo agir, mais à frente, como assistente da acusação, na esfera penal. O caso poderá exigir, ainda, Ação Judicial, na esfera cível, além dos procedimentos que sejam necessários”, explicou Jarbas Alves.

Cadeia Pública de Itapajé-CE; após serem ouvidos na Delegacia Civil de Itapajé, os dois acusados foram levados à Cadeia Pública do município, onde seguem presos, à disposição da Justiça (Foto: Evelyn Ferreira).
Suspeita
O caso foi recebido pela direção da escola com surpresa, já que “nunca houve reclamação de pais ou funcionários em relação a abusos dessa natureza”, afirma o diretor, padre Francisco Marques. Após a repercussão, medidas têm sido tomadas, garante a direção. ” Já convocamos os pais para uma assembleia, ampliamos câmeras de segurança, dentro da escola, além da contratação de segurança interna, como um conjunto de medidas adotadas, juntamente com os pais”, pontua o diretor.

Investigação
Segundo o delegado André Firmino, à frente da Delegacia Civil de Itapajé e das investigações. “Nós confirmamos, até agora, esse caso dentro da escola. Lógico que ao iniciar as investigações novos elementos sempre surgem. Não descartamos a possibilidade de novas vítimas, mas temos que agir com muita cautela. Um dos acusados relata sua participação, com detalhes, mas depois se contradiz. Daí, apurarmos os fatos com muita tranquilidade. Esperamos ter mais respostas a todas as perguntas nos próximos dias. Estamos, nesse primeiro momento, trabalhando com as famílias, mas ainda não ouvimos a direção da escola, a investigação continua”, finaliza.



Fonte: Diário do Nordeste