Davi Araújo Nobre, de apenas três anos, sofreu o golpe no último sábado e faleceu na manhã de ontem.
(Foto: Reprodução). |
Foi sepultado, na tarde desta segunda-feira (25), em Crato, o corpo
de Davi Araújo Nobre, de três anos de idade. A criança morreu na manhã
de ontem após sofrer traumatismo crânio encefálico causado por um coice
de cavalo. O acidente aconteceu na tarde do último sábado. O menino
chegou a ser socorrido, mas não resistiu e acabou falecendo no Hospital
Santo Antônio, em Barbalha.
A criança morava com a mãe, a dona de casa Rafaela Araújo, e sua irmã
mais velha de oito anos, no Conjunto Habitacional Filemon Limaverde, no
bairro Barro Branco, em Crato, onde aconteceu a ocorrência.
De acordo com Rafaela, o acidente aconteceu quando ela buscva água do
caminhão-pipa, já que estava faltando o recurso hídrico nos
domicílios. Enquanto isso, Davi estava brincando do lado de fora da
casa. “Havia muitos vizinhos por perto”, lembra. Ao sentir a ausência da
criança, a encontrou no chão desacordado, próximo ao cavalo que o
golpeou.
Imediatamente, o menino foi levado ao Hospital São Francisco, em
Crato, onde lá foi suturado e transferido para o Hospital Santo Antônio,
em Barbalha, especializado em traumas na cabeça. Davi deu entrada na
unidade às 17h38 do sábado, com suspeita de traumatismo crânio
encefálico (TCE). Pouco mais de uma hora depois, foi submetido à
tomografia, que constatou a lesão.
A criança foi atendida pela Emergência do hospital. Lá, voltou a
acordar e “ainda estava falando, respondendo”, narra Rafaela. A mãe
conta que a criança foi internada no serviço de observação, pois, os
médicos acreditavam que o caso não era grave. Porém, no meio da noite, a
criança começou a vomitar. “Foram quatro vezes”, garante a dona de
casa.
Mesmo pedindo para os médicos observassem a criança, as enfermeiras
da unidade garantiram que o caso não era grave. “Disseram que eu não me
preocupasse”, acrescenta a mãe. Rafaela acredita que a morte foi causada
pelos donos dos animais que costumam soltar cavalos, bois e vacas no
conjunto habitacional, mas, ao mesmo tempo, crê que houve negligência do
Hospital Santo Antônio. “Por que não tinha médico de plantão? Por que
não veio ninguém olhar para meu filho?”, questiona.
Em nota, a direção do Hospital Santo Antônio admite que o trauma foi
constatado pelo exame e que a criança foi submetida aos cuidados
clínicos necessários ao caso. No documento, lamenta a morte do menino
“mesmo com todo o suporte médico hospitalar oferecido”, completa.
Fonte: Diário do Nordeste