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Arquivo vivo da cultura ipuense destaca o Carnaval de Ipu ao longo dos tempos

Bloco da Mala.
Para podermos falar de carnaval será necessário conhecermos a sua origem, a sua história como apareceu e como eram as primeiras manifestações. “Originário das festas pagãs, romanas ou gaulesas, o carnaval substituiu após o advento do cristianismo, que fez coincidir os seus folguedos com as festas do Natal, do Dia do Ano Novo da Epifania. A influencia da Itália pôs em voga as mascaradas públicas. Na época imediatamente anterior a Quaresma”. 

No mundo cristão medieval, período de festas profanas que se iniciava, geralmente, no dia de Reis (epifania) e se estendia até a Quarta-Feira de Cinzas, dia que começavam os jejuns quaresmais. Consistia em festejos populares e em manifestações sincréticas oriundas de ritos e costumes pagãos como as festas dionisíacas ou saturnais, as lupercais e se caracterizava pela alegria desabrida pela eliminação da repressão e da censura pela liberdade de atitudes críticas e eróticas. 

Os tríduos mominos eram imediatamente a quarta-feira de cinzas, dedicados a diferentes sortes de diversões, chamadas também de Tríduo de Momo. Com a propulsão da origem do carnaval no Brasil de hoje é muito propalada se difundindo mais e mais em quase todas as cidades do interior do Brasil. 

Criado também no Brasil o carnaval fora de época, sem as características daquelas marchinhas e sambas tão nosso tão brasileiro. Mas, o ponto alto do nosso carnaval é no Rio de Janeiro através de suas Escolas de Samba que trazem sempre para Avenida Iluminada a nossa Cultura, os nossos Costumes as nossas Raízes. Falando de Ipu, conto o carnaval a partir dos fins dos anos 50 e começo doas anos 60 até os dias de hoje. 

Lembro-me da singeleza daqueles Carnavais, homens vestidos com roupas de Mulheres, Trajados de Satanás, de Urso, de Bebe Chorão e outros. Existiu também o Bloco dos Sujos era do Clube Artista Ipuense que apresentavam os seus sócios vestidos com um “saco de estopa” daqueles antigos dando a impressão de sujos. Os Corrupiões sem Maldade, uma criação de Jerônimo Azevedo e Sá. Mestre Chico Sobral. Mestre Zé Mosaico e muito e muitos, outros outro Bloco também do Clube Artista Ipuense homens daquela sociedade vestidos de Camisa Amarela e Calça Branca com um quepe mesclado com as duas cores foi um sucesso.

Depois apareceram outros Blocos avulsos soltos que pouco se identificaram. Os clubes da cidade também marcaram uma época de festejos mominos eram animadíssimos salve o Grêmio Ipuense com os seus Bailes Carnavalescos. 

Algum tempo depois vieram as Escolas de Frevo, que marcaram uma época de ouro no carnaval Ipuense, mostravam à riqueza da nossa cultura através de adereços e fantasias, carros alegóricos e tudo mais. Eram os Blocos Custemu x Xeguemu, Punk, Skpemu, Papalalau, Papareal, Vira Lata 2.000, Réus, Paquitas, Aventureiros do Havaí e outros mais. Era um senhor carnaval. Existiram duas Micaretas, ou seja, carnaval fora de Época uma em Julho de 1999 e a outra em janeiro de 2000.

 
Bloco Currupiões sem Maldade.
Bloco Antes que Ela Chegue.

Texto e fotos: Professor Francisco Melo.

A nossa reportagem entrevistou nesta sexta-feira (21/02) o arquivo vivo da cultura ipuense Professor Melo, que relembrou dos primórdios aos tempos atuais do Carnaval de Ipu. Ouça na sonora abaixo: