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Violência doméstica em Ipu: Mulher estava sendo agredida pelo marido, e vizinho não "meteu a colher", investiu logo foi com um machado!

 

Registro de mais uma caso de violência doméstica em Ipu, nas primeiras horas desta quarta-feira (03/06), no bairro Reino de França. Aquele adágio popular que diz: "em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher", pelo menos nesse episódio específico não funcionou, até  certo ponto. 

O vizinho ouvindo as lamúrias o sofrimento da mulher, se muniu de um machado e foi até o cenário das agressões, e o resto da história, os senhores irão acompanhar na própria narração do homem que na minha opinião exerceu o papel de herói nessa história.

-Repórter: Relata como foi a sua intervenção nesse caso de violência doméstica, em que você Moisés, ao invés de "meter a colher", investiu logo foi com um machado?
 
-Moisés: "Não são casados mas mantém uma relação. Sim fui ao socorro dela e ela permitiu minha entrada. Antes mesmo do homem me ver ele já havia escapado pulando o muro do quintal indo até as construções do Miranda. Ele veio pela porta da frente que estava aberta, ele estava com uma pedra na mão, só nessa hora ele notou que eu estava armado. Aproveitei que ele recuou com medo e  dei uma estocada na virilha dele com a cabeça do machado, ele se curvou para frente com o impacto, na mesma hora bati com muita força com o cabo do machado na testa dele, isso fez ele cambalear.
Girei o machado sobre minha cabeça para aproveitar todo o peso dele. Eu estava mirando na perna dele, foi nessa hora que a mulher se pôs no meio gritando que gosta dele. Usei toda força que tinha para parar o golpe e não acertar ela. Ele então segura o machado com as duas mãos, mesmo tendo o peso de duas pessoas eu o empurrei contra a parede com o cabo do machado no pescoço dele, nas vezes em que a mulher se movia eu aproveitava a oportunidade para dar joelhadas na virilha dele.
Por conta tanto dele como dela lutando contra não pude manter essa vantagem por muito tempo, a luta que até então ocorria na sala se arrastou para rua, ainda com a mulher agarrada ao Machado entre nós dois. Na rua trocamos socos, ele me acertou algumas vezes e eu também. Foi então que ele soltou o machado e deu fuga da cena proferindo ameaças".

-Repórter: Você esteve na manhã desta quarta-feira (03/06) na delegacia? Quais foram as suas declarações, como foi diante da autoridade policial?

-Moisés: "Sim estive não só na delegacia mas também no hospital para o exame de corpo de delito. Não tenho queixas sobre o trabalho dos policiais, sei que eles tem outras atribuições e responsabilidades. Ele fez ameaças de vingança. Sobre a vítima, antes da chegada da polícia militar ela também deixou o local alegando que ia até a casa da mãe dela, posteriormente soube que a mãe dela já tinha morrido há algum tempo, na verdade ela foi se encontrar com ele mais uma vez. Ela representar é algo indiferente pois graças a uma mudança na lei o agressor responde mesmo quando a vítima não faz a denúncia, meu depoimento basta para enquadrar ele na Lei Maria da Penha".

-Repórter: Como homem que demonstrou não ficar indiferente diante desse tipo de acontecimento, o que você tem a dizer para as mulheres que sofrem violência doméstica nos mais variados aspectos?

-Moisés: "Sobre as mulheres que estão sendo mantidas em relacionamentos abusivos. Muitas estão dependentes de maneira financeira e ou emocional a seus parceiros. Até onde eu sei relacionamentos assim só tem três possíveis destinos, o homem matar a mulher (que infelizmente é o que mais vemos), a mulher matar o homem (pois não suporta mais a violência e os abusos e age em legítima defesa) ou o homem ir para a cadeia responder por seus crimes, mas muitas tem medo das prováveis retaliações. Muitas mesmo depois da denúncia ainda não tem para onde ir a não ser para casa de seu agressor. O que eu digo a elas: Se defendam, conte a seus pais, irmãos, amigos, vizinhos, seja a quem for vocês não são obrigadas a suportar um monstro dentro de casa só esperando o dia da próxima surra que pode ser a última que vai matar você. Se defendam, busquem independência emocional e financeira, para que no dia que vocês enjoarem da cara dele vocês pegam suas coisas e vão embora. Se ele tentar segurar você, pegue uma tesoura e crave bem fundo na virilha dele".