Jamile Carlos Oliveira não possuía antecedentes criminais, segundo a Secretaria da Segurança Pública.
A jovem de 18 anos morta a tiros e pedradas e que teve parte do corpo queimado
na noite desta sexta-feira (24), no bairro Granja Portugal, tinha
distúrbio psiquiátrico e havia deixado recentemente uma clínica, de
acordo com um parente da vítima que preferiu não se identificar.
Jamile Carlos Oliveira não possuía ficha criminal, segundo a Secretaria da Segurança Pública.
“Ela estava internada numa clínica e recebeu alta na segunda-feira
[20 de julho]. Estava muito quieta por conta dos medicamentos que
tomava. O problema era que ela não parava em casa. Surtava e saía de
casa. Por volta das 15h de ontem, ela saiu e a gente começou ir atrás
para procurá-la", disse. "A gente ligava para ela, mas ninguém atendia,
inclusive o celular dela sumiu. Ela era diagnosticada. Ela recebia um
auxílio, a gente tem o laudo do médico que prova que ela era doente
mental", afirma.
Familiares que estiveram na Perícia Forense para fazer o
reconhecimento do corpo não entendem o motivo de tanta crueldade na
morte da jovem e clama por justiça. Uma dos parentes classificou de
linchamento o ato que culminou na morte de Jamile.
“Pelo estado que eu vi ali nas fotos o corpo dela ali é um estado de
muita crueldade. As pessoas que fizeram isso com ela não têm coração.
Completamente desumano. Não sabemos porque fizeram isso. Esperamos que a
justiça seja feita. Ninguém tem o direito de tirar a vida de ninguém do
jeito que ela foi tirada. Eles não a mataram simplesmente, a destruíram
e a lincharam”, desabafou um familiar.
Jamile será velada em uma casa no bairro Granja Portugal, contudo, a
família preferiu não revelar o endereço. O sepultamento acontece em um
cemitério do bairro Pajuçara, em Maracanaú, na Região Metropolitana de
Fortaleza. O horário não foi divulgado.
Fonte: Diário do Nordeste