O Ministério Público do Estado do Ceará
(MPCE) deflagrou na manhã desta segunda-feira (20) a “Operação
Indiscretos”, com o objetivo de apurar denúncias de crimes sexuais
divulgados pelo movimento #exposed. A ação cumpriu ordens de busca e
apreensão pessoais e residenciais em quatro alvos, em Fortaleza e
Pacajus.
Os mandados foram expedidos pelo juízo
da 11ª Vara Criminal de Fortaleza. A investigação do MPCE ficou a cargo
do Núcleo de Investigação Criminal e contou com a colaboração do Núcleo
de Atendimento às Vítimas de Violência. Foram realizadas várias análises
das publicações com a hashtag #exposedfortal, culminando com a
individualização de alguns membros de grupos de redes sociais.
Por determinação do procurador-geral de
Justiça Manuel Pinheiro, o Ministério Público do Estado do Ceará, montou
uma força-tarefa para investigar os casos de crimes sexuais denunciados
por vítimas de todo o estado nas redes sociais. Além disso, o órgão tem
feito um trabalho de acolhimento e apoio psicossocial às pessoas que
sofreram os abusos.
Crimes sexuais
O caso conhecido como “exposed”, por
conta da exposição de fotos e vídeos íntimos sem consentimento na
internet, avançou na investigação de outros crimes sexuais, como
assédios supostamente cometidos por professores de escolas e faculdades
públicas e privadas contra alunas e alunos.
Além das promotorias de Justiça de
várias comarcas, especialmente de Fortaleza, Juazeiro do Norte, Iguatu e
Sobral, o Ministério Público vem atuando nesse caso por meio do Núcleo
de Investigação Criminal (NUINC), do Núcleo de Atendimento às Vítimas de
Violência (NUAVV) e do Centro de Apoio Operacional da Infância,
Juventude e Educação (CAOPIJE).
Apesar do esforço, os promotores de
Justiça têm encontrado dificuldade nas investigações porque as vítimas
ainda se mostram resistentes a registrar as denúncias. Para isso, o MPCE
criou o e-mail dignidadesexual@mpce.mp.br para que elas façam o
primeiro contato com a instituição.
A ação contou com o apoio da
Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública (CGD) e
Coordenadoria de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública e
Defesa Social do Estado (Coin).
Fonte: Fernando Ribeiro