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Vereadora investigada por participação em chacina em Ibaretama que deixou sete mortos é presa em Fortaleza

Edivanda de Azevedo, de 45 anos, foi presa na manhã desta sexta-feira (18) na casa de familiares no Bairro de Fátima. Crime aconteceu em Ibaretama no dia 26 de novembro deste ano.

Vítimas foram executadas dentro de residência durante a madrugada. — Foto: Leabem Monteiro/SVM

Vítimas foram executadas dentro de residência durante a madrugada. — Foto: Leabem Monteiro/SVM.

A Polícia Civil prendeu, na manhã desta sexta-feira (18), a vereadora eleita Edivanda de Azevedo, de 45 anos, investigada por participação nas sete mortes ocorridas em 26 de novembro no município cearense de Ibaretama. Edivanda foi eleita para a Câmara Municipal da cidade onde ocorreu a chacina nas eleições deste ano. Ela foi presa na casa de parentes no Bairro de Fátima, em Fortaleza.

Segundo a Polícia Civil, o mandado de prisão preventiva foi cumprido após investigações da Delegacia Regional de Quixadá, que indiciou seis pessoas pela chacina. Além da vereadora, foram presos os dois filhos dela. Três pessoas que foram indiciadas por suspeita de envolvimento do crime ainda estão foragidas.

As investigações apontam a atuação da vereadora de auxiliar os executores, ou seja, ela teria dado apoio logístico e material para que o crime ocorresse. Os dois filhos dela também teriam contribuído com a ação criminosa, repassando informações dos alvos, bem como dando assistência aos executores nos momentos que antecederam as mortes e após o crime. Os alvos da ação criminosa eram pessoas supostamente envolvidas em crimes no município e integrantes de uma organização criminosa, conforme provas levantadas pelos agentes da Polícia Civil.

O crime ocorreu no dia 26 de novembro, quando homens armados invadiram uma casa e assassinaram sete pessoas, incluindo uma criança de 7 anos. De acordo com a Polícia Civil, a chacina foi provocada por disputas de organizações criminosas.

Na apuração realizada pela Delegacia Regional de Quixadá, os investigadores chegaram à conclusão de que, ainda na data das prisões dos dois suspeitos (27 de novembro), um roteador de internet apreendido era utilizado na casa de um dos irmãos pelo grupo criminoso.

Dois mortos eram da mesma família

Dois dos sete mortos na chacina pertenciam à mesma família. Osvaldo da Silva Lima e uma criança de 6 anos, identificada como Wiliam da Silva Rodrigues, eram tio e sobrinho. A dona da casa onde o crime ocorreu era mãe de Wiliam e irmã de Osvaldo. Ela ficou ferida, mas sobreviveu.

A mãe da dona da casa e de Osvaldo, que não terá o nome identificado, disse ter recebido por telefone a notícia de que familiares haviam sido mortos e uma mulher, baleada. A sobrevivente contou a uma irmã que os criminosos chegaram dizendo que eram policiais e, antes de matar alguns dos moradores, pediram para que as vítimas se ajoelhassem. As vítimas ainda tentaram fugir correndo para o quintal do imóvel, mas foram alvejadas pelos disparos. 

 

 

Fonte: G1 Ceará