A
Justiça do Wisconsin, estado ao norte dos Estados Unidos, iniciou nesta
quarta-feira (10) o julgamento de Steven Brandenburg, um farmacêutico
que trabalhava no hospital da cidade de Grafton até dezembro, quando foi
flagrado destruindo centenas de doses de vacina contra a covid-19
(infecção causada pelo coronavírus SARS-CoV-2).
A
investigação realizada pela polícia local em conjunto com o próprio
hospital indica que Brandenburg chegou a desperdiçar até 570 doses da
vacina do laboratório Moderna, que estavam armazenadas no local.
Em
seu depoimento, o farmacêutico não só confessou o crime como contou que
foi incentivado pelo que denominou ser “uma causa maior”. Durante o
interrogatório, ele confessou ser seguidor do terraplanismo e de várias
teorias conspiratórias.
Brandenburg
também disse que seu ato foi realizado “em nome de Deus”, que a vacina
precisava ser destruída porque era “obra do diabo” e continha
“microchips que podem prejudicar a fertilidade dos seres humanos,
alterar o DNA e controlar a população”.
O
advogado do réu, Jason Baltz, justificou o atuar do seu cliente dizendo
que ele sofre de depressão devido a um divórcio recente que teria sido
muito conflitivo, e pediu por um exame de avaliação da sua saúde mental,
que foi aceito pelo juiz.
Steven
Brandenburg enfrenta processo por atentado à saúde pública e outras
acusações combinadas que podem render até 20 anos de prisão e meio
milhão de dólares em multas. O julgamento que se iniciou nesta semana
deve ter sentença apenas em junho.
Fonte: Fórum