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Após matar mulher esquizofrênica, homem arrasta corpo da vítima pela rua


 
Imagens registradas por câmeras de segurança ajudaram a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) a elucidar um caso de feminicídio que chocou os moradores do Recanto das Emas. Diagnosticada com esquizofrenia, Luciana Regina de Faria, 46 anos, havia desaparecido em 31 de agosto deste ano. Carbonizado, o corpo foi localizado em 10 de setembro, 10 dias após a família procurar a delegacia.

A gravação obtida pelo Metrópoles com testemunhas que moram próximo ao local do crime mostram o executor, um homem de 36 anos, arrastando um grande saco, envolto em um cobertor, em plena luz do dia, por uma das ruas adjacentes à casa em que a vítima morava. Em razão da lei de abuso de autoridade, a PCDF não informou o nome do suspeito detido na segunda-feira (18/10), após a Justiça expedir mandado de prisão temporária.

O vídeo flagra o momento em que o suspeito chega a parar de arrastar o saco quando pessoas cruzam a rua. Em seguida, o criminoso segue pelo final da via até sair do raio de filmagem. Investigadores da 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas) deram início às apurações e identificaram que havia uma obra ocorrendo perto do local em que Luciana residia.

Trouxa de roupa
Com as imagens em mãos, os policiais ouviram operários que trabalharam na obra e que reconheceram o suspeito. Questionado pelas equipes, o homem negou que tivesse atuado na construção. Sobre as imagens, justificou que estaria carregando “trouxa de roupas” durante uma mudança.

O suspeito, no entanto, segundo as investigações, não tinha moradia e costumava passar as noites em um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). Além disso, os policiais apuraram que, após o crime, o homem tentou conseguir dinheiro a fim de comprar uma passagem para a Bahia, com o objetivo de fugir do DF.

Exame de DNA
Exame de DNA comprovou, em 29 de setembro, que o corpo carbonizado era de Luciana Regina de Faria. Segundo a mãe da vítima, Aparecida Teresa de Faria, 67, a filha sofria de esquizofrenia e epilepsia e havia saído sem levar documento ou bolsa com roupas. Dryelle Sabrina de Faria Alves, 22, filha de Luciana, contou ao Metrópoles que a mãe era muito religiosa e conversava com todo mundo.

Pablo Aguiar, delegado-chefe da 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas), explicou que o caso é complexo. “Já tinha a suspeita de que o corpo poderia ser dela. Então, solicitei para que a investigação fosse feita em conjunto com a seção de homicídio e de pessoas desaparecidas. Ainda estamos em fase preliminar, para descobrir os autores e as motivações. A família da vítima prestou depoimento, mas ainda não levantamos algo concreto”, assinalou.