Três
policiais militares são investigados por suposto estupro de vulnerável
contra uma vítima do sexo feminino no último dia 23 de janeiro, às
00h31min, em Fortaleza. Eles foram denunciados pela vítima e
investigados pela Controladoria Geral de Disciplina (CGD) após o relato
de que ofereceram uma carona na viatura, de serviço, a denunciante, e em
seguida a levaram para uma estrada, onde ela foi estuprada.
As
informações foram divulgadas no Diário Oficial do Estado (DOE) nesta
sexta-feira, 28. Todos foram afastados preventivamente de suas funções
pelo prazo de 120 dias. Foram retidas as suas armas e instrumentos de
trabalho, além de serem suspensas vantagens financeiras eventuais como
gratificações.
A
CGD identificou os policiais que estavam de serviço na viatura 17651
por meio das escalas do dia e confirmaram que eles estavam trabalhando
nessa viatura no dia e horário declarado pela vítima. São eles o
subtenente Raimundo Flávio Barros, soldado Israel Pablo dos Santos e
soldado Carlos Henrique da Rocha Rodrigues.
Aviso: neste parágrafo, o texto contém informações que podem ser considerados gatilhos para parte dos leitores. Segundo
a vítima, era madrugada e ela se desencontrou de amigos e ficou sozinha
na calçada ao lado de um barzinho no Conjunto Ceará. Enquanto aguardava
um veículo de aplicativo, a viatura com os três policiais militares se
aproximou e eles começaram a conversar. Em seguida, eles ofereceram uma
carona afirmando que o destino para onde ela iria estava na rota deles.
Aviso: neste parágrafo, o texto contém informações que podem ser considerados gatilhos para parte dos leitores.
Depois que saíram do local, a viatura parou em uma estrada de barro,
onde os agentes de segurança pediram para a vítima descer. Não se
recordando muito bem o que aconteceu depois, a vítima lembrou apenas que
um dos policiais apertou seu seio e ficou sem o short. Ela lembra que
foi estuprada pelo motorista da viatura e um segundo policial.
Ela
relata que como estava com medo e sob efeito de álcool, não teve
reação, e não se lembra se o terceiro homem presente realizou o estupro.
Depois do crime, eles a deixaram na casa de uma amiga, onde tomou
banho, contou o ocorrido e se dirigiu a uma unidade policial para
denunciar o caso.
A
vítima realizou o exame de corpo de delito e fez a profilaxia no
Hospital São José. A documentação constada nos autos mostrou elementos
mínimos de autoria e materialidade, principalmente pelo depoimento da
vítima, no Boletim de Ocorrência (B.O) registrado no 10º Distrito
Policial. "Em tese a ocorrência de conduta capitulada como infração
disciplinar por parte dos militares estaduais acima mencionados,
passível de apuração a cargo deste Órgão de Controle Externo
Disciplinar", relata a publicação do DOE.
Fonte: O Povo Online