O
número de casos suspeitos de Varíola dos Macacos no Ceará subiu para
26. Um dos casos é de um morador de Sobral, na região norte do estado.
Em contato com a reportagem do Sobral Portal de Notícias, a Secretaria
de Saúde da cidade informou apenas que o paciente suspeito fez o exame
sorológico e está em isolamento até a confirmação do resultado.
O
Ceará já tem quatro casos confirmados. Todos os pacientes são do sexo
masculino. Três deles são de Fortaleza e o outro é de Russas. Outros 23
casos, incluindo o de Sobral, estão sendo investigados. A doença ainda
não tem uma vacina específica, mas duas vacinas contra a varíola humana
estão sendo usadas contra a varíola dos macacos.
O
Ministério da Saúde afirmou, em nota, no último sábado (23), que
"articula com a Organização Mundial da Saúde (OMS) as tratativas para
aquisição da vacina monkeypox". A pasta também disse que a OMS "coordena
junto ao fabricante, de forma global, ampliar o acesso ao imunizante
nos países com casos confirmados da doença".
O que é a varíola dos macacos?
A
varíola dos macacos é uma zoonose silvestre, ou seja, um vírus que
infecta macacos, mas que incidentalmente pode contaminar humanos – o que
ocorre geralmente em regiões florestais da África Central e Ocidental. A
doença é causada pelo vírus da varíola dos macacos, que pertence à
família dos ortopoxvírus.
Existem
dois tipos de vírus da varíola dos macacos: o da África Ocidental e o
da Bacia do Congo (África Central). Embora a infecção pelo vírus da
varíola dos macacos na África Ocidental às vezes leve a doenças graves
em alguns indivíduos, a doença geralmente é autolimitada (que não exige
tratamento).
A
taxa de mortalidade de casos para o vírus da África Ocidental é de 1%,
enquanto para o vírus da Bacia do Congo pode chegar a 10%. As crianças
também estão em maior risco, e a varíola durante a gravidez pode levar a
complicações, varíola congênita ou morte do bebê, aponta a OMS.
Quais os sintomas da doença?
Os
sintomas iniciais da varíola dos macacos incluem febre, dor de cabeça,
dores musculares, dores nas costas, linfonodos inchados, calafrios e
exaustão. Lesões na pele se desenvolvem primeiramente no rosto e depois
se espalham para outras partes do corpo, incluindo os genitais. As
lesões na pele parecem as da catapora ou da sífilis até formarem uma
crosta, que depois cai.
Os
sintomas da varíola dos macacos podem ser leves ou graves, e as lesões
na pele podem ser pruriginosas ou dolorosas. Casos mais leves de varíola
podem passar despercebidos e representar um risco de transmissão de
pessoa para pessoa. É provável que haja pouca imunidade à infecção
naqueles que viajam ou são expostos de outra forma, pois a doença
endêmica geralmente é limitada a partes da África Ocidental e Central.
Como ocorre o contágio?
A
fonte de infecção nos casos relatados ainda não foi confirmada pela
OMS. No geral, a varíola dos macacos pode ser transmitida pelo contato
com gotículas exaladas por alguém infectado (humano ou animal) ou pelo
contato com as lesões na pele causadas pela doença ou por materiais
contaminados, como roupas e lençóis. O período de incubação da varíola
dos macacos é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a
21 dias. Por isso pessoas infectadas precisam ficar isoladas e em
observação por 21 dias.
Fonte: Sobral Portal de Notícias