Uma
família do Paraná entrou em desespero no sábado (30) ao tentar velar o
corpo de um bebê que morreu ainda na barriga da mãe, em Imbaú, a 220 km
de Curitiba. Ao abrirem o caixão na funerária, os pais encontraram
serragem no lugar do corpo do bebê.
De
acordo com Débora Santos, advogada e tia da mãe da criança, a sobrinha
dela, de 18 anos, perdeu o bebê no fim da noite de sexta-feira (29) e
precisou ser submetida a um parto induzido para a retirada do feto no
Hospital Geral da Unimed, em Ponta Grossa.
A
mãe passou a madrugada na unidade de saúde particular, sendo liberada
ao longo de sábado. No mesmo dia, por volta das 11h, Débora conta que a
família chegou ao necrotério do hospital para pegar o corpo da criança
com a intenção de velá-lo, recebendo um invólucro no qual deveria estar o
feto.
Em
nota, a unidade confirmou que “equivocadamente, o corpo não foi
retirado” e que está prestando esclarecimentos aos órgãos competentes
sobre o caso.
“A
família veio retirar o corpo junto com uma funerária de Imbaú para
preparar o corpo. No necrotério, um funcionário de hospital mostrou o
pacote lacrado, mas a avó da criança decidiu que iria olhar o corpo
somente ao lado dos pais na funerária. O pacote foi colocado no caixão,
porém chegando lá, só tinha serragem dentro do que foi entregue”, relata
a advogada.
Um
vídeo registrado pela família mostra o momento em que os funcionários
da funerária reviram a serragem no caixão para encontrar o corpo da
bebê, que morreu na 24ª semana de gestação. Veja acima.
Débora
conta que os parentes entraram em desespero e decidiram retornar às
pressas até a Unimed Ponta Grossa para pegar o corpo da criança. A
família afirma que esperou pelo corpo “durante uma hora”.
O”
que eles queriam fazer com esse corpo? Por que entregaram serragem no
lugar do corpo? É muito sofrida toda essa situação. Entregaram o corpo
como se nada tivesse acontecido. O que é isso? Paciência, né? Isso é
crime.”, disse Débora.
A
família diz que o problema causou transtornos no sepultamento, sendo
realizado somente por volta das 19h, em Imbaú, cidade a 106 km de Ponta
Grossa. O caso foi registrado pela advogada em um boletim de ocorrência
contra o hospital como subtração de cadáver.
A
Polícia Civil do Paraná informou ter instaurado um inquérito policial
para investigar o caso e realiza diligências para esclarecer o fato.
“Oitivas serão realizadas nos próximos dias”, completou em nota oficial.
a
Unimed Ponta Grossa informou que “revisitou todas as etapas do
protocolo de óbito da instituição”, o que “confirmou que o corpo foi
devidamente identificado no centro cirúrgico e encaminhado diretamente
ao necrotério do hospital, aguardando a retirada pela funerária”.
Fonte: Portal Grande Ponto