A
Prefeitura da capital paulista investiga sete mortes suspeitas,
registradas neste ano, que podem ter sido causadas pelo uso das drogas
K. Os entorpecentes são responsáveis por provocar o chamado “efeito
zumbi”.
Relatórios
da Secretaria Municipal da Saúde mostram que o número de mortes
relacionadas ao uso das drogas K tem aumentado recentemente em São
Paulo. Os três primeiros óbitos haviam sido registrados entre maio e 27
de junho. Já nas duas semanas seguintes, houve mais quatro casos.
Ao
todo, a pasta municipal computou, neste ano, 513 ocorrências de
intoxicação exógena por canabinoides sintéticos. O número considera as
notificações feitas em unidades de saúde das redes pública e privada.
Segundo
o último relatório, que compila os dados até o dia 11 de julho, 81,3%
das pessoas intoxicadas eram homens e 18,8% eram mulheres. Em 60% dos
casos, o paciente tinha entre 20 e 39 anos.
Os
dados também mostram maior concentração na periferia – com Vila Jacuí
(115 notificações), Itaquera (51) e Vila Maria (23) liderando o ranking
de bairros.
Drogas K
Tipo
de maconha sintética, as chamadas drogas K (K2, K4, K9 e spice) têm
alto potencial lesivo para quem usa e podem levar a morte.
O Metrópoles mostrou que traficantes estão usando anestésico e anabolizante de cavalo para produzir as drogas K.
Uma
das reações características das drogas K é o chamado “efeito zumbi”.
Por causa delas, a facção Primeiro Comando da Capital (PCC) chegou a
proibir seu consumo na região da Cracolândia, no centro de São Paulo.
Em
nota, a prefeitura diz que os casos suspeitos de intoxicação exógena,
incluindo os óbitos, são de notificação compulsória e que equipes
municipais realizam investigação epidemiológica.
Plano de ação
Ainda
de acordo com a gestão Ricardo Nunes (MDB), foram realizadas
iniciativas para “aprimorar e qualificar o cuidado das unidades da rede
de saúde perante o cenário atual de consumo das substâncias”.
Entre
as medidas, a prefeitura cita tratativas para cooperação técnica com a
Secretaria Nacional de Política Sobre Drogas, vinculada ao Ministério da
Justiça e Segurança Pública, além da capacitação de profissionais de
saúde.
“Além
destas ações, a pasta tem feito reuniões sobre o tema justamente para
elaborar um plano de ação para a rede de saúde sobre os canabinoides
sintéticos e outras drogas emergentes”, diz, em nota.
Créditos: Metrópoles.