A
cidade de Hidrolândia recebeu na última terça-feira (18) uma equipe de
consultoria científicas que tem parceria com o Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) para a descobertas de pinturas
rupestres em três sítios da cidade.
O
processo está em discussão entre a população local há bastante tempo.
As pinturas tornaram-se um assunto de interesse crescente. Em meados de
2017/2018, a própria comunidade formou um grupo de trabalho para se
mobilizar e entrar em contato com o IPHAN.
“A
“descoberta” se dá a partir dos comentários da comunidade do
Salgadinho, que ao se deparar com os “Desenhos” como eles falam, não
sabiam ao certo ao que se tratava, a partir daí passaram a comentar
sobre” contou o diretor de cultura Leandro Sena.
O que é o IPHAN?
O
IPHAN é responsável de atuar como um serviço de catalogação e
preservação do patrimônio cultural brasileiro, foi criado em 1937 sendo
vinculado ao Ministério da Cultura.
Sítios em Hidrolândia
Dois
sítios estão na região de Salgadinho e outro na região de Passagem
Franca. Os três espaços tem a existência de gravuras e pinturas
rupestres.
O
registro e o catálogo de parte das peças foram feitos pela INSIDE
Arqueologia, onde vão ser analisadas e estudadas para aprofundar um
pouco da história dos antepassados da região, esse é o início de um
grande marco para a cidade.
“Não
é apenas para a cultura da cidade, mas para a historiografia local,
colocando nossa região como matéria de estudo. Esses achados mostram a
existência/passagem de povos por essa região, nos ajudando a compreender
melhor o desenvolvimento historiográfico e étnico do nosso povo.
Acredito que seja apenas o primeiro passo para outras descobertas.”
Falou Leandro Sena, sobre a importância desse momento para a cidade.
Para a população, as pinturas rupestres já marcaram grandes histórias como a Aclézia Feitosa que viu de perto as pinturas.
“Ao
longo do Rio, nas pedras podemos encontrar as gravuras, e em outro
lugar as pinturas. O que torna o lugar ainda mais curioso, é que as
pinturas estão em uma pedra muito alta, que para os dias de hoje, é
quase que impossível alguém se aproximar da pedra, podemos ver um nítido
coração, composto por linhas meio avermelhadas, localizada na parte
mais alta de cânion” Declarou a moradora Aclézia Feitosa.
Moradora
também fez pontuações sobre o sítio de salgadinho ter sido descoberto
em 1962 e já ter visitas de outros pesquisadores em 2009, onde deixaram
registros nas pedras. Esses espaços são abertos a visitação, mesmo não
sendo uma rota turística, os melhores meses de visita são novembro e
dezembro, com a seca do rio os desenhos ficam mais visíveis.
Fonte: A Voz de Santa Quitéria