1. A nossa Igreja nos ensina que a devolução do nosso dízimo deve ser, antes de tudo, um ato de fé que envolve gratidão e compromisso: com Deus, com a Igreja e com os irmãos. Trata-se uma prática religiosa com fundamentação bíblica, vivenciada por Abraão. Após uma batalha vitoriosa, Abraão encontra Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo. Melquisedeque abençoa Abraão, e em resposta, Abraão lhe dá o dízimo de tudo (Gênesis 14:18-20). O dízimo não deve ser entendido nem como esmola, nem como doação espontânea, nem como troca de intenções na missa ou qualquer sacramento.
2. Também a Igreja nos ensina que a Eucaristia é o sacrifício redentor de Cristo que a comunidade de fé celebra em todas as missas e que Jesus nos mandou celebrar em sua memória. Neste ato de fé comunitário, ao mesmo tempo, glorificamos o nome do Senhor e apresentamos-lhe nossas necessidades e nossas misérias humanas.
3. Em toda missa o Padre, que representa toda a Igreja, reza em sufrágio de todos os falecidos, principalmente dos falecidos daqueles que participam da missa. Isso quer dizer que independente de eu publicar intenções, os meus falecidos recebem de qualquer modo, as indulgências e as graças da Eucaristia.
4. Portanto, não há necessidade de em toda missa ficar publicando nomes dos meus falecidos. A paróquia dará prioridade em publicar: 1. Intenções para o 7º dia de falecimento, 30 º dia e um ano. 2. Intenções de ação de graças pelos aniversariantes (natalício e casamento); 3. As demais intenções sejam colocadas na urna comunitária de intenções.
5. Essas orientações começam a funcionar a partir de maio. Também a partir de maio a Paróquia não vai mais cobrar taxas de batizados de crianças cujos pais estejam devidamente preparados pela formação catequética. Da mesma forma não cobrará taxa de casamentos comunitários cujos noivos tenham passado pela preparação.
6. Concluo pedindo que toda a Paróquia seja orientada e catequisada para desenvolver a espiritualidade do dízimo. Que possam devolver o seu dízimo com fidelidade. Esse é o caminho e a forma mais justa e democrática de sustentação da Igreja, nas suas estruturas de funcionamento, na manutenção do culto sagrado e na missão de evangelizar e construir o Reino de Deus.
Pe. Edmilson Eugênio
Pároco