Uma
picada de aranha não tratada transformou a vida do norte-americano
Zachary Harakas em pesadelo. A ferida permitiu a entrada de bactérias
conhecidas como “comedoras de carne” que desencadearam um quadro de
fasciíte necrosante em sua perna.
Em
3 de julho, Zachary sentiu uma “beliscada” na perna direita enquanto
trabalhava no jardim de casa. Quando ele olhou para baixo, viu uma
aranha-marrom e questionou se o incômodo foi uma picada mas, no momento,
não sentiu tanta dor e esqueceu o assunto.
No
entanto, poucos dias depois, o americano passou a sentir febre, e além
do inchaço, a perna começou a ficar verde e apodrecer. No dia 8 de
julho, Zachary foi levado ao hospital, onde precisou passar por uma
cirurgia de emergência para remover grande parte do tecido e músculo da
perna e do quadril.
Picada de aranha
Segundo
o manual MSD, as aranhas-marrom são encontradas no meio-oeste e na
região centro-sul dos Estados Unidos. Algumas picadas podem não ser
dolorosas inicialmente mas, em todos os casos, a dor se manifesta dentro
de 30 a 60 minutos e pode ser intensa, atingindo toda a extremidade. A
região afetada pela picada geralmente desenvolve vermelhidão e pode
apresentar coceira.
O
médico Andrew Benedict, diretor do programa cirúrgico do hospital Saint
Luke, onde o jovem foi atendido, explica que a ferida aberta da picada
da aranha permitiu a entrada das bactérias devoradoras de carne.
Nos
estágios iniciais, os pacientes sofrem dor, vermelhidão e sintomas
semelhantes aos da gripe, como febre, calafrios ou fadiga. E quando não
tratada, a condição pode levar ao escurecimento de grandes áreas da pele
e dos músculos devido à necrose, o que pode causar sepse e,
posteriormente, a necessidade de amputações.
“Nosso
pensamento inicial foi: poderia ser uma picada de aranha-marrom
reclusa? Às vezes, picadas de aranha podem causar uma reação local, e
isso pode realmente causar a morte da pele”, conta Benedict em
entrevista à KSHB, uma estação de televisão em Kansas City. “No caso de
Zachary, ela não causou a morte da pele, apenas do tecido abaixo da
pele.”
Os
médicos afirmaram para a família que se Zachary não tivesse procurado
ajuda médica naquele dia, provavelmente não teria sobrevivido.
Tratamento no hospital
Zachary
permaneceu na UTI por três dias e agora está na unidade de tratamento
de feridas. Os médicos instalaram um dreno na região para retirar
secreções, e o paciente volta para a sala de cirurgia a cada dois dias
para limpá-lo e refazer o curativo.
O
homem pode ficar no hospital por meses e passará por diversas cirurgias
plásticas para reparar a perna danificada. Por isso, os amigos dele
criaram um GoFundMe para ajudar a família a cobrir as contas médicas.
Na
plataforma, um amigo escreveu: “Zachary não tem renda neste momento e
tem três filhos para sustentar. Ele é incrivelmente gentil e sensível,
ajudaria qualquer um em necessidade e é um pai dedicado. Qualquer ajuda
será bem-vinda”.
*Metrópoles