Após a fuga dos criminosos, o taxista conseguiu se soltar e pedir ajuda
Um taxista viveu momentos de terror ao ser assaltado durante uma corrida em Fortaleza. O crime aconteceu na última sexta-feira (31), por volta das 16h, no bairro Edson Queiroz, onde o motorista foi rendido por dois passageiros armados, amarrado em um tronco de árvore e teve o carro e os pertences roubados. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
Em entrevista à equipe de reportagem da TV Cidade, o trabalhador contou que recebeu uma solicitação de corrida. “Eu peguei uma corrida, cartão verificado, aqui no Barroso, na Rua Rosita, com destino à Rua Aníbal Fernandes, no Edson Queiroz. Fiz o percurso completo. No final da corrida, ele encostou a arma nas minhas costas, anunciou o assalto, amarrou as minhas mãos. Ele fez eu pular para o banco de trás, fui sentado no piso do carro e me levou para aquela região de mata ali do Colosso. Chegando lá, me amarrou numa árvore e fugiu no carro”, relatou.
Após a fuga dos criminosos, o taxista conseguiu se soltar e pedir ajuda. “Pouco tempo depois eu consegui me soltar e corri em direção à Rua Santiago Gentil, onde os moradores me deram apoio. Eles me ajudaram a desamarrar as mãos e arranjaram um celular para eu ligar para o 190”, contou.
Segundo a vítima, dois homens participaram da ação. “Eram dois passageiros, novos. Um aparentava não ser nem maior de idade, talvez tivesse uns 17 ou 18 anos no máximo, cabelo de luzes, branco. O outro era moreno, mais forte, cabelo curto”, descreveu.
O boletim de ocorrência, registrado no 26º Distrito Policial, confirma que o veículo levado pelos criminosos foi um Volkswagen Voyage branco, de placas RIK7F86, pertencente ao taxista Francisco Marcondes da Silva, de 41 anos, morador do bairro Messejana. O documento também aponta que os criminosos fugiram levando o carro, o celular da vítima e a carteira com todos os documentos, incluindo habilitação, título de eleitor, carteiras profissional e de taxista.
“Levaram meu carro, celular e minha carteira com todos os meus documentos”, lamentou o motorista, que agradeceu por ter sobrevivido. “Apesar da violência, do desespero e do sufoco que eu passei, agradeço por, pelo menos, eu ter ficado vivo”, comentou.
O carro do trabalhador foi registrado nas imagens de segurança de um ponto da Avenida Oliveira Paiva, após o roubo. O boletim foi registrado às 16h54 do mesmo dia, e as investigações seguem sob responsabilidade da Polícia Civil.
Colegas de profissão demonstraram revolta com o crime e cobraram providências das autoridades. “É muita violência. Não sei por que essa violência. Um profissional taxista que está na periferia ajudando a levar a mãe de um cara desses, o filho dele, ou até mesmo ele, numa situação ou outra, pedindo socorro a um taxista para levar alguém ao hospital. A gente está na rua trabalhando, não vive atrasando a vida de ninguém”, disse um dos motoristas.
Outro taxista também fez um apelo pela recuperação do veículo. “A gente pede providência da polícia, da Polícia Civil e da Polícia Militar, que use o ‘espia’, que é 24 horas. O carro foi visto passando aqui na Oliveira Paiva. Então o sistema tem a responsabilidade de encontrar o carro. Que façam o cerco e tragam o carro desse pai de família, que é o braço dele para trabalhar. É uma ferramenta de trabalho, rapaz. Isso tá ficando horrível”, afirmou.
O profissional destacou que casos semelhantes vêm se repetindo. “Já foram vários taxistas tomados de assalto, mas graças a Deus os meliantes soltaram o carro. E esse vai soltar também, porque nós vamos acionar quem for preciso para recuperar o carro desse pai de família. Ele não pode ficar sem a ferramenta de trabalho dele”, concluiu.
As forças de segurança reforçaram que denúncias podem ser feitas de forma anônima pelos números 181 (Disque Denúncia) e 190 (Polícia Militar).
*Portal GCMais
