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A escola ficou apenas um décimo à frente do Salgueiro, a segunda colocada.
Mestre Casagrande dedicou a vitória a todos os ritmistas da bateria.
— Eu dedico aos meus 272 heróis que desfilaram e fizeram a diferença na Sapucaí.
Para o presidente da escola, Fernando Horta, o resultado foi mais do que esperado.
— Foi difícil, mas não foi surpresa. Somos campeões. É uma emoção muito grande. É um trabalho muito difícil e a disputa é acirrada. Eu não ganhei sozinho. É um conjunto que a escola tem. Eu apenas coloco as peças no lugar. Tem dado certo.
O terceiro lugar ficou para a Portela, que também era apontada como uma das favoritas ao título, seguida por União da Ilha, Imperatriz Leopoldinense e Grande Rio.
A última colocada, Império da Tijuca, foi rebaixada para o Grupo A, de onde tinha subido neste ano.
Parceria
Este é o quarto título da escola do Borel. Nos últimos cinco anos, a escola foi campeã três vezes (2010, 2012, 2014), todas sob o comando de Paulo Barros. O carnavalesco é hoje o mais bem pago do Rio de Janeiro e ajudou a colocar a escola entre as gigantes do Rio de Janeiro.
A marca de Paulo Barros são as alegorias vivas. Os carros são todos coreografados e teatralizados, fazendo surpresas na avenida. A comissão de frente é sempre um show à parte, unindo truques de ilusionismo ao espetáculo de Carnaval.
Senna na avenida
A Tijuca escolheu como enredo um dos maiores ídolos do esporte nacional, Ayrton Senna. Os carros alegóricos encantaram a Sapucaí com pilotos de Fórmula 1, troca de pneus no pit stop e chuvas de champanhe no pódio.
Em vez de fazer um enredo biográfico sobre Senna, a escola propôs uma corrida, na qual todo mundo que tivesse alguma relação com a velocidade poderia se inscrever. No setor dos animais, entraram na avenida cavalo, beija-flor, peixe-agulhão e o falcão-peregrino.
Personagens dos desenhos animados também disputaram o grande prêmio da Tijuca. Ligeirinho, Papa-léguas, Speed Racer, The Flash e Sonic foram alguns dos participantes mostrados nas alas.
A comissão de frente voltou a apostar em truques de ilusionismo, com os componentes puxando uma toalha da mesa de troféus, sem derrubar nada de cima. Tudo isso fez com que a azul e amarelo terminasse o desfile com gritos de “É Campeão”.
Ponto a ponto
A Tijuca esteve nas cabeças da apuração desde o início. Imperatriz Leopoldinense, União da Ilha e Portela também estava no bolo. Mas, com o passar das notas, a disputa ficou mesmo entre a escola do Borel e o Salgueiro. A diferença entre as duas foi de apenas um décimo. Veja o resultado final da apuração:
1ª — Unidos da Tijuca (299,4)
2ª — Acadêmicos do Salgueiro (299,3)
3ª — Portela (299)
4ª — União da Ilha do Governador (298,4)
5ª — Imperatriz Leopoldinense (297,6)
6ª — Acadêmicos do Grande Rio (297,2)
7ª — Estação Primeira de Mangueira (296,2)
8ª — Beija-Flor de Nilópolis (296,4)
9ª — Mocidade Independente de Padre Miguel (296)
10ª — Unidos de Vila Isabel (295,9)
11ª — São Clemente (294,3)
12ª — Império da Tijuca (291,6)
Fonte: R7
