Hábito pode
aumentar em 50% o risco de desenvolver a doença
Comumente
associado ao câncer de pulmão, o tabagismo também é um dos principais fatores de
risco para o desenvolvimento de outros tumores, como os de rim. “Em média, o
risco aumenta em 50% quando o paciente é fumante, em relação ao paciente que não
fuma1; e esse risco sobe conforme a quantidade de cigarros
consumidos”, afirma o oncologista Oren Smaletz, do Hospital Israelita Albert
Einstein.
De
acordo com o oncologista, se o indivíduo para de fumar, após 10 anos sem o
tabaco o risco de câncer de rim se iguala ao da população em geral. O histórico
familiar, ressalta o médico, também está entre os fatores de risco para a
doença.
Tumores
de bexiga, lábios, língua, laringe e esôfago também estão fortemente associados
ao hábito de fumar. Além disso, outras enfermidades, principalmente as
cardiovasculares (enfarte, angina) e as doenças respiratórias obstrutivas
crônicas (enfisema e bronquite), estão relacionadas ao tabaco. Doenças
cardiovasculares e o câncer são as principais causas de morte por doença no
Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Especialista
em tabagismo,
a
cardiologista Jaqueline Scholz Issa afirma que não se deve esperar o diagnóstico
de uma doença para abandonar o vício. Mas, infelizmente, é apenas diante de uma
enfermidade que o indivíduo costuma buscar ajuda para deixar o tabaco.
“A
dificuldade em parar de fumar não está relacionada à quantidade de cigarros
consumidos por dia ou ao tempo de tabagismo de uma pessoa. Isso tem a ver com a
motivação para deixar o vício e com a intensidade dos sintomas da abstinência”,
explica a especialista.
A forma como
o paciente lida com os sintomas da abstinência (irritabilidade, insônia,
ansiedade, depressão, dificuldade para concentração, inquietação, entre outros)
é determinante no sucesso em deixar o vício. “Quanto mais sintomas de
abstinência a pessoa apresentar, mais difícil será para se livrar do vício. Além
disso, pesa o quanto há uma vontade real de parar de fumar”, complementa a
médica.
Se a pessoa
enfrenta muitas dificuldades para deixar o tabaco, a melhor opção é procurar
ajuda médica. “A taxa de sucesso no tratamento contra o tabagismo é de 50%, ou
seja, a cada 10 pacientes que tentam se livrar do vício, 5 conseguem”, afirma a
cardiologista.
Além do uso
de medicamentos, estratégias comportamentais também são importantes para quem
pretende abandonar o tabagismo. Segundo a médica, uma dica é evitar associar o
cigarro a momentos prazerosos, como as reuniões sociais.
Fonte: cdn comunicação corporativa
Imagem: Internet