Uma mulher que jogou uma manga na cabeça do presidente da
Venezuela, Nicolás Maduro, recebeu a promessa de ganhar uma nova casa,
em um episódio surreal que se tornou um dos assuntos mais comentados da
Venezuela.
O presidente de 52 anos estava dirigindo um ônibus através de uma
aglomeração de pessoas no último fim de semana, no Estado de Aragua,
quando alguém da multidão lançou uma fruta contra ele.
"Dizia: 'Se puder, me ligue'", disse o presidente, um ex-motorista de
ônibus, durante o fim de semana, enquanto mostrava a fruta com um nome e
um número de telefone escritos em sua superfície.
"Marleny Olivo tinha um problema com sua casa. (Autoridades) ligaram
para ela. Ela ficou assustada. Não podia acreditar que era verdade... Eu
aprovei um apartamento para você, Marleny, como parte da 'Missão
Habitacional Venezuelana'", acrescentou ele, prometendo em seguida comer
a manga.
A sempre agitada internet venezuelana não perdeu tempo em gerar
milhares de comentários a favor e contra o ato populista do presidente,
assim como inúmeras piadas.
"Se eles dão apartamentos por causa de uma manga, então você sabe o que
fazer: jogue um abacaxi nele!", brincou o Dolar Today, um site que
fornece a cotação do dólar no mercado negro e é odiado por Maduro.
Como seu predecessor, Hugo Chávez, que morreu em 2013, Maduro coleciona
várias solicitações durante suas viagens, embora a maioria seja escrita
em papel, em vez de jogadas contra ele em frutas.
Em um hábito que causa deleite entre seus apoiadores mais pobres mas
irrita os críticos, Maduro --como Chávez-- com frequência dá casas,
aparelhos domésticos e pensões de presente a venezuelanos de baixa
renda.
No entanto, sem o mesmo carisma de Chávez e com má sorte em relação ao
preço internacional do petróleo, a popularidade de Maduro tem caído
bastante desde que ele assumiu o cargo.
De acordo com o instituto de pesquisa Datanalisis, 28,2% dos venezuelanos aprovam o modo como ele governa o país.
O número representa uma melhora em relação aos 24,7% registrados em
março, provavelmente devido à campanha do presidente contra as sanções
impostas pelos EUA a sete autoridades venezuelanas, mas ainda permanece
em cerca da metade do nível de quando ele assumiu o cargo.
Fonte: Uol Notícias