A
suspensão atende à determinação do Programa Estadual de Proteção e
Defesa do Consumidor (DECON), órgão do Ministério Público Estadual, para
que a Universidade se adeque às normas de segurança definidas pelo
Corpo de Bombeiros.
Interdição do Campus Betânia da UeVA é culpa do governo!
As denuncias sobre a precarização da Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA vem sendo realizadas
pela comunidade acadêmica a anos. Nos últimos dois anos foram inclusive
pautas de reivindicação dos movimentos grevistas construídos nessa
instituição por estudantes, professores/professoras e
servidores/servidoras técnicosadministrativos. As condições de
infraestrutura em pelo menos três campi da UVA são preocupantes. Em 2014
tivermos focos de incêndio tanto na Betânia, quando no CCH e no Cidao
(este foi o mais perigoso), após esses acontecimentos o DCE/UeVA fez
denuncias formais ao Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil e informamos a
reitoria e a comunidade acadêmica em passagens em sala de aula. A partir
dessas denuncias o Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor
(DECON), órgão do Ministério Público Estadual, em novembro de 2014 fez
vistoria na universidade e deu o prazo de quatro meses para que a
universidade se adequasse às normas de segurança definidas pelo Corpo de
Bombeiros. Hoje, quatro meses após a determinação do DECON, o campus
Betânia que não atendeu ao demandado foi interditado. Esta interdição
não é um fato isolado. Faz parte das políticas do Estado do Ceará no
intuito de precarizar cada vez mais a universidade. O descaso é tamanho
que as conquistas da greve (Restaurante Universitário e Residência
Universitária) hoje dependem apenas de assinaturas dos representantes do
governo para virarem realidade e mesmo assim os seus processos não são
colocados em movimento. Nós repudiamos totalmente o descaso do governo
no tratamento com a UeVA, e a morosidade com a qual ele trata os
problemas de nossa universidade. Atualmente, os estudantes correm risco
de vida diariamente em estudar nesta IES. E o governo simplesmente vira
as costas até chegarmos a este ponto extremo de interdição do campus
Betânia. Neste sentido exigimos imediatamente do Governador do Estado do
Ceará, Camilo Santana: 1. Imediata apresentação de projeto que
solucione os problemas de infraestrutura que colocam a vida dos
estudantes em risco, com a liberação das verbas para as reformas
necessárias. 2. Assinatura por parte do Governador Camilo Santana e do
Secretário da SECITECE, Inácio Arruda na ordem de utilidade pública a
fim de agilizarmos o processo de abertura da residência universitária;
3. Assinatura da ordem de serviço pelo governo e liberação da verba para
a construção imediata do restaurante universitário da UeVA. 4.
Agilização do concurso para professor efetivo; 5. Retorno para a
universidade dos R$ 400.000,00 reais cortados pelo governo em
assistência estudantil. Os estudantes não podem esperar a boa vontade do
governador Camilo, exigimos nossos direitos por completo e lutaremos
por eles!
Matéria enviada por Jamila Camelo - estudante do curso de Geografia da UVA e membro do DCE (Diretório Central dos Estudantes)
Foto: Alan Dias, gestão Ampliada do DCE Gestão Podemos Mais/UVA