Neste domingo, 13 de Março, celebra-se 186 anos de Antônio
Conselheiro, o beato que atravessou o sertão partindo de Quixeramobim,
até chegar ao interior da Bahia.
Antônio Vicente Mendes Maciel passou a ser chamado de Conselheiro porque
em sua peregrinação lia o evangelho para as pessoas humildes, ouvia
seus problemas, procurava consolá-las com suas mensagens religiosas e
dava-lhes conselhos.
Assim, foi conquistando seguidores que junto a ele fundaram o povoado de
Belo Monte, numa região chamada de Canudos, fincada no sertão baiano
onde a população de cerca de 30 mil pessoas vivia em comunidade e tinha
em Conselheiro seu maior líder.

A fama do beato se espalhou e começou a incomodar também a políticos que
não sossegaram enquanto não viram Canudos tombar, com a rendição de
seus últimos combatentes. Em 22 de setembro de 1897, morreu, sem saber
ao certo qual foi a causa de sua morte.
História de Conselheiro em Ipu
Antônio Conselheiro morou por algum tempo em Santa Quitéria, como
também, em algumas cidades de nossa região, como Guaraciaba do Norte (à
época, Campo Grande) e Ipu, onde exerceu ofícios diversos, como
pedreiro, caixeiro e vendedor ambulante.
Após flagrar a traição de sua mulher com um sargento de polícia em Ipu,
retornou à Santa Quitéria, onde conviveu com Joana Imaginária, uma
mulher mística e escultora de imagens sacras rústicas, tendo com ela um
filho.
Em seguida, rumou para os sertões do Cariri, à época já um polo de
atração de penitentes e flagelados, onde refugiou-se e deu início a uma
vida de peregrinações pelo nordeste.
Fonte: A Voz de Santa Quitéria