Dezoito adolescentes que estavam internados no Centro Educacional Patativa do Assaré (Cepa), no bairro Ancuri (Grande Messejana),
fugiram da unidade no começo da noite desta quinta-feira (28). De
acordo com o juiz da 5ª Vara da Infância e Juventude, Manuel Clístenes
de Façanha e Gonçalves, com esse caso sobe para 170 o número de infratores que estão foragidos somente nos primeiros quatro meses neste ano.
Conforme o magistrado,os internos serraram as grades e aproveitaram o momento em que era servido o jantar para render os instrutores e fugir pela porta da frente. Clístenes Gonçalves reitera que a situação permanece muito grave
nas unidades, apesar dos esforços que vêm sendo feitos pelas
autoridades. “Além das fugas já são inúmeras tentativas frustradas,
chegando a cerca de 30 o número de ocorrências, incluindo rebeliões e
motins”, afirmou Gonçalves.
Jovens de alta periculosidade
O magistrado ressaltou que os adolescentes não tem bom comportamento
durante a internação e a maioria dos que foge são de alta
periculosidade.
Muitos deles, após escapar dos centros cometem outras infrações,
o que justifica o aumento do tempo de permanência nas unidades.
“Automaticamente os internos levam advertência e acrescenta-se seis meses à medida socioeducativa. Quebrou, fica. Fugiu, fica também”, esclareceu Gonçalves.
Ainda na tarde desta quinta-feira, 23 adolescentes tentaram fugir do Centro Socioeducativo Passaré, no bairro Passaré. A fuga foi controlada por policiais militares que faziam patrulhamento próximo da unidade. Os adolescentes voltaram para o Centro. Não houve feridos.
Os internos tentaram fugir por um buraco feito no muro
do Centro Socioeducativo. Atualmente o a unidade possui 62 adolescentes
abrigados. O limite de internos é de 90, comprovando que não há
superlotação.
Fonte: Diário do Nordeste