A nossa reportagem entrevistou nesta segunda-feira (03/09) o doutorando em história Professor Raimundo Alves, para comentar sobre o infausto acontecimento sem precedentes, uma tragédia para a história da humanidade, o incêndio avassalador no Museu Nacional do Rio de Janeiro, ocorrido neste domingo (02/09).
Professor Raimundo Alves que visitou o Museu como parte do seu Curso de Doutorado, falou da importância histórica e cultural para o país e o mundo representada pelo equipamento, e considerou o sinistro uma perda incalculável, irrecuperável, disse que a história está de luto.
"Até 2013, o museu recebeu o valor de que precisava. Em 2014, com a chantagem de Cunha, para votar o Orçamento (LDO), sofreu queda de investimento na manutenção. Com o golpista Temer, que congelou invedtimentos por 20 ANOS! Este ano, até hoje o governo TRAIROCRATA havia destinado 54 mil reais para o Museu.
Aconteceu agora essa tragédia para Cultura, para Ciência e Tecnologia, IMAGINEM o que virá a acontecer com a Saúde, por exemplo.
Com essa, gostaria de deixar claro aos amigos que não entendem a dimensão da perda. O que se perdeu não foi apenas o prédio que, por si só, já tem grande valor histórico e arquitetônico. O que é irrecuperável é o acervo.
Peças únicas, algumas datadas de milhares de anos. Fósseis de dinossauros e mamíferos gigantes da fauna brasileira; os ossos de Luzia, homo sapiens mais antigo já encontrado no Brasil (procurem em seus livros de história ou de seus filhos, que encontrarão referências); múmias egípcias e latino-americanas, artefatos africanos e indígenas; vasta coleção de botânica e insetos, frutos das expedições científicas do século XIX. Enfim, isso não tem como ser restaurado.
Está perdido para sempre. Não aceitem esses discursos oportunistas de políticos, que querem aparecer bem, como se estivessem preocupados com nossa história e cultura". Destacou com muita indignação, o mestre, doutorando em História, membro da Academia Ipuense de Letras Ciências e Artes; Professor Raimundo Alves.
Esse meteorito aí caiu no interior do Ceará no período colonial. Na região próxima ao nosso sertão. Ele provavelmente sobreviveu ao fogo. |
Confira na sonora abaixo a entrevista na íntegra com o Professor Raimundo Alves de Araújo: