Abril é o mês da Prevenção da Crueldade contra os Animais, e a ONG Amigos de 4 Patas segue desenvolvendo o Projeto da Castração, que consiste em evitar a superpopulação de cães e gatos e consequentemente a proliferação de doenças transmitidas pelos mesmos, além de outros transtornos.
A nossa reportagem entrevistou nesta terça-feira (09/04), a presidente da ONG Amigos de 4 Patas da cidade de Ipu; Cláudia Pinheiro. Cláudia falou sobre a Campanha Nacional, e repercutiu sobre o Projeto da Castração, esclareceu também, em que situações a ONG tem atuado.
A cor laranja foi escolhida pela Sociedade Americana para a
Prevenção da Crueldade Contra Animais (ASPCA), importante entidade
internacional de proteção animal, para representar o Mês da Prevenção da
Crueldade Contra os Animais em todo o mundo. Um mês para as pessoas
refletirem sobre a situação degradante em que muitos animais são
submetidos, muitas vezes, por toda a vida, sofrendo tortura, abuso e
exploração.
E é também em abril que a Lei Feliciano (nº 12.916), do deputado
estadual Feliciano Filho (PRP), completa em 2018 dez anos de existência
proibindo a matança indiscriminada de animais em situação de rua em todo
o estado de SP. Antes da Lei Feliciano os animais capturados pela
prefeitura eram mortos das formas mais crueis como câmara de gás, câmara
de descompressão, com choque e a pauladas.
“Antes da minha lei, os animais eram mortos em três dias. Só o CCZ de
São Paulo matava, em média, de 80 a 90 cães e gatos por dia – não há
estatísticas para outras cidades do interior, mas milhares de animais
eram mortos todos os anos. Quando olho para trás, vejo o quanto valeu a
pena enfrentar a tudo e a todos para conseguir sancionar esta lei que
virou referência nacional. Não existe nada no mundo que recompense mais
do que ver que esses animais, ao invés de sacrificados, hoje estão vivos
e em busca de um novo lar“, comenta o deputado.
A OMS – Organização Mundial da Saúde, estima que há 600 milhões de
cães e gatos abandonados nas ruas de todo o planeta. Só no Brasil são 30
milhões, sendo 20 milhões de cães e 10 milhões de gatos. Segundo a Lei
Feliciano, o Poder Executivo deve incentivar e viabilizar programas de
controle reprodutivo de cães e gatos, e promover medidas protetivas por
meio de identificação, registro, esterilização cirúrgica, adoção e
campanhas educacionais de conscientização pública.
Além de garantir a vida dos animais em situação de rua, a Lei
Feliciano também institui a figura do “cão comunitário” dando a ele o
direito de viver em local público desde que mantido pela comunidade e
devidamente castrado, vacinado e identificado. Para isso, um das pessoas
da comunidade que o atende deverá assinar um termo de responsabilidade
no CCZ de sua cidade.
Confira a Lei Feliciano Filho em vigor desde 2008 em todo o Estado: http://felicianofilho.com.br/leis/lei-no-12-916-de-16042008-lei-feliciano-dispoe-sobre-o-controle-da-reproducao-de-caes-e-gatos-e-da-providencias-correlatas/
Confira na sonora abaixo a entrevista na íntegra com a presidente da ONG Amigos de 4 Patas; Cláudi Pinheiro: