Servidora foi achada dentro da residência sem vida pelo filho . A diarista contou com a ajuda de outras três mulheres.
Liduína Maria foi dopada e morta pela diarista e amigas - VC Repórter. |
A diarista Maria Pereira do Nascimento confessou em depoimento à polícia ter dopado à força a servidora aposentada da Assembleia Legislativa do Ceará, Liduína Maria Junior Rios, de 60 anos, encontrada morta pelo filho dentro da própria casa, no bairro Coaçu, em Eusébio, na
noite da última quarta-feira (27). De acordo com a polícia, a servidora
foi achada dentro da residência com duas facas cravadas no corpo. Uma
na região no pescoço e outra no peito. A servidora também foi amordaçada
e amarrada.
Liduína foi sepultada na manhã desta sexta-feira (29) em sua cidade natal, Itarema.
Segundo o delegado Renato Almeida, do Departamento de Homicídios e
Proteção à Pessoa, a diarista logo cedo pela manhã, tentou dopar a
vítima e o filho dela. No entanto, os medicamentos, segundo a diarista,
não fizeram efeito no filho, que saiu de casa em seguida.
“Desde o primeiro momento em que ela chegou lá na casa pela manhã,
ela já tentou preparar dando alguns medicamentos tanto para a vítima
[Liduína] e para o filho dela colocando medicamento na comida,
soníferos, antidepressivo, tentando fazer com que eles adormecessem ou
algo do tipo. Ela confidenciou que não deu certo fazer isso com o filho.
Nele, no filho, não fez o efeito esperado e que ela não tinha
conseguido que a Liduína ingerisse um suco ou então uma comida com o
medicamento que ela colocou", afirmou o delegado.
A delegada Gerda Monteiro reforça que já que a
vítima não havia dormido com os medicamentos, a diarista forçou a
servidora, mais tarde, a tomar os comprimidos à força. “Ela tentou
colocar num suco e a vítima não quis tomar e depois elas fizeram a
vítima ingerir à força o comprimido”.
Ainda durante o depoimento, de acordo com o delegado, a diarista
disse que começou a planejar o crime após ter encontrado um extrato
bancário da servidora no valor de R$ 60 mil.
“Ela disse que o crime se deu início a partir do momento em que ela [diarista] olhou um extrato bancário da Liduína.
Esse extrato bancário teria o valor na conta de R$ 60 mil. E então, a
partir daí, ela começou a arquitetar o plano. Depois de uma semana ela
colocou seu plano em prática.
Conseguiu ter acesso essa conta através do
aplicativo pelo celular ou conseguindo digital da vítima ou então
conseguindo a senha através das anotações, mas não tinha o dinheiro que
ela esperava”.
Ainda segundo o delegado, uma das comparsas afirmou que depois que a
quantia de R$ 60 mil não foi encontrada na conta da servidora, elas
decidiram assassiná-la. “A Jéssica Caroline nos confidenciou que depois
que elas viram que não tinham dinheiro, e começaram a ficar nervosas,
disseram que aquele dinheiro não valeria a pena, pois só tinha R$ 1 mil
na conta e, então, só aí, decidiram matar a Liduína”.
Outro fato que chamou a atenção da polícia foi a frieza com que o
crime foi praticado. “Foram duas facadas pelo menos. Ela foi encontrada
com duas facas encravadas, uma na região no pescoço e outra na região
do peito, amarrada e amordaçada”, disse Renato.
Prisão
A diarista, a companheira dela, identificada como Adriana Lúcia
Bianc, de 29 anos, e uma terceira suspeita foram presas entre a noite da
quinta-feira (28) e a madrugada desta sexta-feira (29), na Comunidade
da Babilônia, no Bairro Barroso. A quarta suspeita foi presa no Conjunto
Jereissati 3, em Maracanaú. A polícia afirmou que elas pretendiam fugir
para o estado do Rio Grande do Sul.
Com elas, a polícia encontrou
malas pertencentes à vítima e, dentro delas relógios, pulseiras, roupas,
anéis, laptop, dinheiro e até xampu.
Fonte: Diário do Nordeste