As mortes em razão do novo coronavírus
subiram para sete, conforme última atualização divulgada hoje (19) pelo
Ministério da Saúde. Já os casos confirmados saíram de 428 para 621
entre ontem e hoje.
São Paulo segue como foco da
disseminação do vírus, com 286 casos. Em seguida vêm Rio de Janeiro
(65), Brasília (42), Bahia (30), Minas Gerais (29) e Rio Grande do Sul e
Pernambuco (28). Além desses estados, foram registrados casos no Paraná
(23), Santa Catarina e Ceará (20), Goiás (12), Espírito Santo (11),
Mato Grosso do Sul (sete), Sergipe (seis), Alagoas (quatro), Acre e
Amazonas (três) e Pará, Tocantins, Rio Grande do Norte e Paraíba (um).
A partir de hoje, o Ministério da Saúde
deixará de trabalhar com casos suspeitos, passando a divulgar apenas as
situações confirmadas e as mortes decorrentes da doença resultante da
infecção pelo vírus.
A transmissão comunitária (quando as
autoridades não identificam mais a cadeia de infecção ou esta já possui
cinco gerações) foi identificada no estado de São Paulo, no estado do
Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Santa Catarina, Pernambuco e Porto
Alegre. Essa é a modalidade mais preocupante, pois ela implica em uma
disseminação maior e menos controlada do vírus.
Segundo o ministro da Saúde, Luiz
Henrique Mandetta, os números mostram que o crescimento não está
ocorrendo de forma localizada, mas no conjunto do país. “Estamos vendo
uma tendência mais nacional. Se levantar em bloco vai ser muito mais
difícil de monitorar”, declarou. Com isso, continuou o ministro, o papel
dos cidadãos ganha importância nas medidas de prevenção, como
higienização, e de contenção, como o isolamento. Isso porque a
preocupação é com a sobrecarga do sistema de saúde.
“Quando está gripado, precisa fazer
isolamento domiciliar. Está com sintoma, isolamento domiciliar. Não é
para descer para o play, fazer uma festinha”, aconselhou.
Calamidade Pública
O plenário da Câmara dos Deputados
aprovou na noite desta quarta-feira (18), por votação simbólica, o
pedido do governo federal para declaração de estado de calamidade
pública no país. O projeto será encaminhado para votação no Senado e
precisa de pelo menos 41 votos para ser aprovado.
A declaração de estado de calamidade
pública é uma medida inédita em nível federal. Na mensagem, o governo
pede a que seja dispensado de atingir a meta fiscal, entre outras
medidas, para combater a pandemia do coronavírus.
Coronavírus afeta turismo
Somente na primeira quinzena de março, o
volume de receitas do setor de turismo brasileiro caiu 16,7% em relação
ao mesmo período do ano passado, o que representa uma perda equivalente
a R$ 2,2 bilhões.
A estimativa da Confederação Nacional do
Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgada hoje (19) no Rio
de Janeiro, projeta ainda que os prejuízos já sofridos pelo setor têm
potencial de reduzir até 115,6 mil empregos formais.
Repatrição
O Ministério das Relações Exteriores
informou hoje (19) que turistas brasileiros que estão retidos no Peru
serão repatriados amanhã (20). No último dia 15, em meio ao aumento do
número de casos da Covid-19 no país, o governo peruano decretou
quarentena obrigatória para a população e o fechamento das fronteiras
por 15 dias.
O Peru registra 86 casos da doença, segundo último boletim da Organização Mundial da Saúde, divulgado ontem (18).
O Itamaraty informou ainda que acompanha
com atenção a situação de viajantes brasileiros em outros países, como
Marrocos e Vietnã, e, por meio das embaixadas, estão sendo feitas
gestões junto às autoridades locais para o pronto regresso desses
cidadãos.
Edição: Liliane Farias / Agência Brasil