A
2º fase da "Operação Fragmentado" levou à prisão de um suspeito de
integrar grupo criminoso envolvido em crimes de estelionato, falsa
identidade, falsidade ideológica, associação criminosa e lavagem de
dinheiro. A prisão do homem aconteceu em Itapipoca, no interior do
Ceará, e foram apreendidos, entre dinheiro e imóveis, uma quantia
equivalente a R$ 2,6 milhões.
A
Polícia Civil do Estado Ceará (PCCE) recuperou uma casa de fazenda, um
carro de luxo e um posto de gasolina, chamado Galo de Ouro. O acusado
tinha um pingente de ouro com a marca do estabelecimento. Nos locais, na
casa e no posto, foram encontrados R$ 40 mil em espécie, assim como
diversos documentos falsificados nos estelionatos e cartões de crédito.
O
homem preso foi identificado como Luis Teixeira de Sousa, 45, conhecido
como "Pinto", que já era condenado por lavagem de dinheiro e associação
criminosa. A posse dos bens apreendidos, com o cumprimento de três
mandatos judiciais, estão em seu nome e o homem é suspeito pelos crimes
de falsificação de documento público, estelionato e lavagem de dinheiro.
Fases anteriores
A
primeira fase da "Operação Fragmentado" ocorreu no dia 23 de março de
2021, após uma investigação realizada durante seis meses. As diligências
apontam que os alvos teriam movimentado cerca de R$ 35 milhões a partir
de crimes como lavagem de dinheiro. Foram cumpridos 81 mandados
judiciais, de busca e apreensão, prisão preventiva e sequestro de bens.
Dos 16 alvos da operação, 12 já possuíam mandatos em aberto para a
utilização de tornozeleira eletrônica.
Na
primeira fase, foram aprendidas seis armas de fogo, R$ 50 mil reais,
joias, centenas de cartões bancários, onze carros de luxo, uma moto,
além de 23 imóveis sequestrados. As contas bancárias dos alvos
investigados também foram bloqueadas.
Segundo
a investigação, o grupo aproveitou a pandemia para usar dados de
vítimas de todo o Brasil e fingir serem clientes e abrirem contas em
bancos. O objetivo era solicitar benefícios bancários, como empréstimos e
financiamentos. Em alguns casos, as pessoas sabiam que seus nomes
estavam sendo usados e em troca recebiam um pagamento mínimo. Com a
renda, os criminosos compravam patrimônios, como carros, motos e
imóveis, para tornar os valores ilícitos em lícitos, configurando
lavagem de dinheiro.
Com informações da repórter Angélica Feitosa / O Povo