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Médico mentiu sobre identidade para fugir após realizar hidrolipo em mulher que morreu, diz filha

O caso ocorreu no Rio de Janeiro; segundo familiares, a vítima foi retirada nua pela porta dos fundos do hospital 

Vítima que morreu após procedimento de hidrolipo e médico que fez a operação

Legenda: A diarista morreu após realizar um procedimento de hidrolipo, na tarde desta sexta-feira (17) - Foto: Reprodução.

A filha da diarista Maria Jandimar Rodrigues, de 39 anos, a atendente Brenda Rodrigues, de 21 anos, relatou ter questionado ao médico Brad Alberto Castrillion Sanmiguel —  responsável pela hidrolipo que matou a mãe dela — sobre o estado de saúde da paciente, mas o profissional teria respondido que não tinha informações por ser "apenas um funcionário do prédio". As informações são do jornal O Globo

A jovem aguardava a liberação da mãe quando viu uma mulher ser reanimada, no estacionamento de um anexo do hospital ‘Carioca Office’, no Rio de Janeiro. Era sua mãe. Brenda chegou a gravar a situação, mas sem saber quem era a paciente. 

"Combinei com minha mãe de buscá-la ao fim do procedimento, já que diziam que não podia ter acompanhante. Antes de sair de casa, falei para ela ficar com Deus e ela me respondeu com uma foto da barriga marcada para iniciar o procedimento", relembrou ao jornal.

A diarista morreu na tarde de sexta-feira (17) após realizar um procedimento estético. Segundo relato de familiares, Maria foi retirada nua pela porta dos fundos da unidade hospitalar após passar mal.

"Cheguei na recepção do prédio, dei meu nome, esperei 20 minutos, e eles colocaram uma cadeira de rodas na minha frente. Nessa hora, minha mãe passou por trás, desceu pelo elevador sozinha, de roupão, sem roupa", contou.

"O médico não prestou nenhum atendimento. Eu vi e filmei tudo sem saber que era minha mãe. Colocaram tapumes em volta enquanto faziam massagem cardíaca e respiração boca a boca", observou. 

"Em um momento, perguntei a ele o que estava acontecendo, sem saber que ele era o médico que atendia minha mãe, e ele disse que era apenas um funcionário do prédio. Já estava de mala pronta para sair com uma funcionária e, enquanto aguardava um táxi, foi abordado por um policial que disse que ele não poderia deixar o local", disse. 

Horas depois, uma oficial do Corpo de Bombeiros comunicou a morte à filha. 

"Desabei. Pedi para falar com o médico e quando vi que era o mesmo que disse para mim que era apenas um funcionário perguntei por que ele não prestou socorro e ele ficou calado. Um bombeiro falou que se os procedimentos de socorro tivessem sido feitos ainda na sala da clínica ela poderia estar viva", lamentou.

"Mas, ao invés de cuidarem dela, mandaram descer sozinha, nua, igual a um bicho, e ainda pretendiam fugir. Só a vestiram depois que morreu", enfatizou. 

Investigação 

O caso foi registrado como "encontro de cadáver" na 27ª DP (Vicente de Carvalho). O médico Brad Alberto Castrillion Sanmiguel ainda não se pronunciou sobre o assunto.

Conforme apurou O Globo, o delegado Ricardo Barbosa, titular da distrital, o médico apresentou todos os documentos legais de funcionamento da clínica. 



Fonte: Diário do Nordeste