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de um mês após a confirmação dos três primeiros casos Covid-19 causados
pela Ômicron no Ceará, em 23 de dezembro de 2021, a variante do
Sars-Cov-2 — vírus causador da doença — expandiu-se rapidamente e se
tornou predominante no Estado. Foram cinco semanas para que a variante
Delta praticamente desaparecesse das amostras coletadas.
Os
dados mais recentes analisados pela Rede de Vigilância Genômica da
Fiocruz Ceará na 3ª semana epidemiológica (SE) de 2022 — período de 16 a
22 de janeiro — apontam que a Ômicron chega a estar presente em mais de
99% dos casos investigados. Os resultados das análises foram enviados à
Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa) e à Rede Genômica da
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Foram
consideradas amostras coletadas entre 1º de dezembro de 2021 e 22 de
janeiro de 2022, em parceria com o Laboratório de Biologia Molecular do
Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceara (Hemoce), que atende
especialmente casos encaminhados por Hospitais e Unidades de Saúde da
Rede Pública do Estado.
Os
dados da Fiocruz Ceará mostram a rápida expansão da Ômicron. Até a 3ª
semana de dezembro de 2021, as amostras ainda não indicavam circulação
da variante. Na semana seguinte, ela já correspondia a mais de 1/3 (34%)
dos testes. Entre o Natal e o Réveillon, o percentual subiu para 78% e
atingiu 97% na semana seguinte, a primeira de 2022.
Fonte: O Povo