No cemitério onde o corpo foi enterrado foram encontrados vários objetos que, de acordo com os parentes da vítima, pertencem aos rituais de magia negra.
Um
crime de desrespeito e ocultação de cadáver com sinais de bruxaria foi
registrado, no domingo (18/2), no cemitério da localidade de Cedro,
distrito de Jaibaras, distante 21 quilômetros da sede Sobral. De acordo
com familiares da vítima, o lugar é usado para rituais de magia negra.
Vários objetos que, de acordo com a família, pertencem aos rituais de
bruxaria, foram encontrados dentro e fora do cemitério.
O
Código Penal Brasileiro prevê nos Artigos 211 e 212 que vilipêndio e
ocultação de cadáveres é considerado crime contra os mortos com pena
prevista de um a três anos de detenção e multa.
Tudo
aconteceu quando a recém-nascida Maria Aparecida que era prematura
morreu com quatro meses de vida e foi sepultada na manhã de sexta-feira
(16/2). A família contou que no domingo (18) quando um dos irmãos da
criança retornou ao cemitério, a cova estava aberta com o caixão
quebrado, sem o corpo e com as vestes espalhadas em uma vereda que dá
acesso a uma vila próxima ao local.
A
princípio os familiares acreditavam que fosse ação de algum animal, mas
a ideia logo foi descartada pela forma que o caixão, os lençóis e a
fralda da bebê foram encontrados e pelas pegadas de pessoas vistas ao
redor da cova.
Heloísa
Carla, irmã da vítima, contou como a família ficou sabendo do crime.
“No domingo meu irmão foi ao cemitério para ajeitar a cova e quando ele
chegou se deparou com a cova aberta e tudo fora, o lençol, a tampa do
caixão, o vidrinho arrancado e a roupinha dela fora. Sem o corpo, meu
irmão colocou tudo dentro e enterrou novamente. Voltamos ao cemitério e
estava de novo tudo desenterrado”, disse.
Luiz
Carlos, também irmão da vítima, disse que ficou muito triste quando
chegou ao lugar e viu que o corpo de sua irmã não estava no caixão e
suas roupas estavam espalhadas na vegetação ao redor do cemitério.
Na
sexta-feira (23/2), quando a reportagem do Sistema Paraíso foi ao local
com a família, abalada e aos prantos Heloísa disse que já é a terceira
vez que se depara com a cova violada e com tudo jogado nas proximidades.
“Isso já está ficando chato, toda vez que a gente vem aqui se depara
com uma cena dessa”, lamentou.
A
família contou ainda que a polícia informou que não tinha o que fazer
porque não tinha nenhum suspeito e orientou que fosse feito um Boletim
de Ocorrência para a investigação do caso.
Por Edwalcyr Santos / Sistema Paraíso