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Asteróide, um alerta vindo do espaço sobre os perigos para a Terra

O Dia Internacional do Asteroide, 30 de junho, foi escolhido por marcar o aniversário da queda de um asteroide que explodiu sobre a Sibéria, em 1908 

 

Legenda: Asteroides são corpos rochosos que orbitam o Sol e, embora a maioria permaneça longe da Terra, alguns seguem trajetórias que cruzam nossa órbita - Foto: Pexels. 

 

Celebrado em 30 de junho, o Dia Internacional do Asteroide não é apenas uma curiosidade astronômica, mas um chamado global para a conscientização sobre os perigos que objetos espaciais podem representar para a Terra. A data foi escolhida por marcar o aniversário do Evento de Tunguska, ocorrido em 1908, quando um asteroide explodiu sobre a Sibéria, devastando mais de 2.000 km² de floresta. Felizmente, a região era desabitada. Mas e se fosse hoje, em uma área urbana

Por que devemos nos preocupar? Asteroides são corpos rochosos que orbitam o Sol e, embora a maioria permaneça longe da Terra, alguns seguem trajetórias que cruzam nossa órbita. Ainda que as chances de impacto com grandes asteroides sejam pequenas, o potencial destrutivo é gigantesco. Não é ficção científica, é ciência com base em dados.

A boa notícia é que a humanidade não está mais de braços cruzados diante dessa ameaça.

Missão DART: defesa planetária em ação

A missão DART (Double Asteroid Redirection Test), da NASA, foi um marco histórico: em setembro de 2022, ela colidiu intencionalmente uma espaçonave com o asteroide Dimorphos para testar se seria possível alterar sua trajetória. O resultado? Um desvio bem-sucedido de sua órbita — provando que podemos, sim, interferir em rota de colisão de um asteroide, com tempo e tecnologia suficiente.

Essa foi a primeira demonstração real de defesa planetária. E o mais incrível: o impacto foi medido e confirmado por telescópios ao redor do mundo. Um passo pequeno para uma nave, um salto gigante para a proteção do nosso planeta.

Mais que ciência, é responsabilidade.

O Dia Internacional do Asteroide nos lembra de algo fundamental: precisamos monitorar o céu, investir em pesquisa e desenvolver estratégias de resposta. Isso inclui telescópios especializados, simulações de impacto, cooperação internacional e futuras missões espaciais como sucessoras da DART.

A Terra já sofreu grandes impactos no passado — e o risco não desapareceu. Mas hoje, com conhecimento, cooperação e tecnologia, temos o poder de evitar o próximo grande desastre vindo do espaço.



*Diário do Nordeste