Exército acusa Hamas de usar prédios como base de operações; ONU alerta para risco humanitário
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O Exército israelense emitiu neste sábado (6) novas ordens de evacuação para palestinos da Cidade de Gaza, após a destruição de um arranha-céu residencial — o segundo em dois dias.
Na sexta-feira (5), as forças israelenses já haviam derrubado o segundo edifício mais alto da cidade. Fontes ouvidas pela agência AFP disseram que a construção destruída neste sábado tinha características semelhantes. O prédio, de vários andares, era considerado o maior da região.
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Israel afirma que controla 40% da Cidade de Gaza e 75% de toda a Faixa, em meio a uma ampla ofensiva terrestre.

Legenda: Segundo estimativas israelenses, 25 dos 47 reféns que permanecem em Gaza — dos 251 sequestrados em 7 de outubro — já estariam mortos - Foto: Eyad Baba / AFP.
Ordem de evacuação
O porta-voz do Exército em língua árabe, coronel Avichay Adraee, determinou a retirada de moradores de alguns bairros da capital do enclave, onde vivem cerca de 1 milhão de palestinos, segundo a ONU.
A orientação é que a população se desloque para Khan Younis, no sul do território, onde, segundo Israel, está sendo criada uma “zona humanitária” com alimentos, tendas, medicamentos e equipamentos médicos.
Apesar disso, desde o início da guerra — em outubro de 2023 —, Israel tem sido acusado de bombardear repetidamente áreas previamente declaradas como “seguras” ou “humanitárias”, sob a alegação de que combatentes do Hamas se escondem nestes locais.

Legenda: A orientação é que a população se desloque para Khan Younis, no sul do território, onde, segundo Israel, está sendo criada uma “zona humanitária” - Foto: Eyad Baba / AFP.
Acusação contra o Hamas
O Exército israelense acusa o Hamas de usar infraestruturas civis para se proteger. O grupo terrorista nega. Israel já havia advertido que atacaria grandes prédios residenciais caso considerasse uma ameaça.
Segundo estimativas israelenses, 25 dos 47 reféns que permanecem em Gaza — dos 251 sequestrados em 7 de outubro — já estariam mortos.
Em agosto, o Hamas aceitou uma proposta de cessar-fogo mediada por Egito, Estados Unidos e Catar, que previa a libertação de reféns em etapas.
O governo de Benjamin Netanyahu, porém, rejeitou o acordo, exigindo a entrega imediata de todos os sequestrados, o desarmamento do grupo e o controle de segurança da Faixa de Gaza por Israel.
*Diário do Nordeste