A vítima ficou internada durante 11 dias em estado grave, mas não
resistiu às lesões. Ex-genro acreditava que ela influenciava a filha a
não reatar o relacionamento com ele.
Maria Augusta, 72, chegou a pedir que o ex-genro encerrasse a agressão, mas ele não atendeu ao apelo da idosa — Foto: Arquivo pessoal |
Uma idosa de 72 anos morreu nesta terça-feira (23), após ser espancada
pelo ex-genro dentro da própria casa, no distrito de Ponta da Serra, em
Crato, no sul do Ceará. A agressão foi registrada no último dia 10 de
julho e, ao longo de 11 dias, Maria Augusta permaneceu internada no
Hospital Regional do Cariri, em Juazeiro do Norte, em estado grave. O
velório e sepultamento foram realizados ainda ontem.
De acordo com a filha da vítima e ex-mulher do agressor, ele chegou à
residência agressivo e discutia com as duas. Ele acreditava que a
ex-sogra influenciava a filha para que ela não reatasse o relacionamento
com ele. Por esse motivo, a atacou. No acesso de fúria, desferiu socos e
ainda tirou a idosa de uma cadeira onde ela estava sentada para jogá-la
ao chão. Em seguida, deu chutes em sua cabeça.
A vítima chegou a pedir ao ex-genro que encerrasse a agressão, mas ele
não atendeu ao apelo. A ex-esposa tentou proteger a mãe, mas também foi
atingida com socos na região da barriga e nas pernas. O celular dela
também foi quebrado.
Após cometer o crime, relatou ainda a ex-esposa, o homem agiu como se
nada tivesse acontecido. Ele conversou com algumas pessoas que estavam
do lado de fora da casa e foi embora em uma moto. Uma ambulância do
Serviço de Atendimento Móvel de Urgências (Samu) foi acionada e socorreu
a idosa, que já foi levado ao hospital em estado grave.
Segundo a filha de Maria Augusta, a atitude do ex-companheiro foi
inesperada, tendo em vista que ele nunca havia apresentado comportamento
agressivo. Ela ainda contesta a versão de que sua mãe interferia no
relacionamento dos dois.
"Ela [vítima] estava muito alegre [no dia do crime]. Mas ela sempre me
dizia, não foi uma nem duas vezes: 'Eu ja sonhei tanto que fulano de tal
me dava uma piza e que eu morria'. Eu dizia que não, mas chegou ao
ponto em que ele matou ela".
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher do
Crato. O homem não foi localizado ou preso, até a publicação desta
matéria.
Fonte: G1 Ceará